Advogados de empresário e ex-prefeito negam procedência de denúncia na Operação Xeque-Mate
O empresário Roberto Santiago, do Manaíra Shopping, integrou o rol das 23 pessoas denunciadas pelo Ministério Público da Paraíba, no âmbito da Operação Xeque-Mate, sob a acusação de ter financiado a compra do mandato do ex-prefeito Luceninha (Cabedelo). A operação foi desenvolvida pela Polícia Federal e pelo Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado (Gaeco).
Conforme a denúncia do MPPB, a organização criminosa surgiu a partir da compra do mandato do então prefeito Luceninha, devido a dívidas contraídas por ele na campanha eleitoral e, em seguida, passou a praticar diversos crimes, como desvio de recursos públicos através da indicação de servidores “fantasmas”, corrupção ativa e passiva, fraudes em licitações e lavagem de dinheiro dentre outros.
Em nota, os advogados (Pedro Luiz Bueno de Andrade e Armando Mesquita Neto) do empresário dizem – Roberto Santiago afirmam, em nota, que não procedem a denúncia do Ministério Público. Diz a nota: “Tendo em vista os fatos veiculados recentemente pela imprensa sobre a inclusão de Roberto Santiago em denúncia oferecida pelo Ministério Público, os advogados do empresário vêm reafirmar que seu cliente jamais praticou qualquer ato ilícito, o que demonstrarão cabalmente em juízo no momento oportuno. Roberto Santiago e seus defensores seguem confiando plenamente que o Poder Judiciário reconhecerá a improcedência dessas acusações.”
Leto – Os advogados (Carlos Fábio e Raoni Vita) do prefeito afastado Leto Viana argumentam que a sua prisão não tem mais sustentabilidade, uma vez que as razões de sua motivação, que seriam a possibilidade de interferir nas investigações, não subsistem, uma vez que a denúncia já foi feita. Além de Leto, também foi presa a ex-primeira-dama e vereadora, Jaqueline Monteiro França.
Seus advogados também negam as denúncias contra o prefeito afastado, inclusive de que chefiava uma organização criminosa.
Denúncia – Ainda segundo a denúncia, o radialista Fabiano Gomes teria afirmado, em delação ao Ministério Público, que “toda a tratativa para a criação de obstáculos ao Shopping Pátio Intermares foi aviada no escritório de Roberto Santiago” e que nesta mesma ocasião teria ficado “avençada a distribuição de pelo menos R$ 50.000,00 para os vereadores” da cidade.
Na denúncia à Justiça, o MPPB a aplicação das penas de perda de cargo, emprego, função pública ou mandato eletivo dos réus e a fixação de R$ 20 milhões (valor mínimo), como estimativa de valor dos danos causados pela atuação da organização criminosa.