Aécio escapa com três votos a mais do necessário e foram dos três senadores da Paraíba
Vamos combinar, não foi surpresa a decisão do Senado Federal em salvar o mandato de Aécio Neves, apesar da delação de Joesley Batista, e toda a imoralidade da doação de R$ 2 milhões, e até ameaça a um primo. A operação para salvar um zumbi deixa a nação perplexa com o Senado, mas, a verdade é que foi o Supremo Tribunal Federal que abriu a caixa de Pandora para essa imoralidade.
Uma operação que expôs o corporativismo de circunstância e a capacidade de caixa que o desgastadíssimo Governo Temer de abrir os cofres via emendas parlamentares. Por baixo, mais de R$ 200 milhões foram prometidas. Esse teria sido o custo palaciano de Temer para salvar Aécio que, em mão dupla, já iniciou esta terça operando em favor de Michel na denúncia que a Câmara votará.
Também não se pode traduzir como surpresa os votos dos paraibanos Cássio Cunha Lima, Raimundo Lira e Zé Maranhão em favor da Aécio. Estava escrito que votariam com o mineiro. Cássio, por ser do PSDB. Raimundo e Maranhão, porque orientados pela Nacional do PMDB e pelo próprio Temer. No mais, o Brasil segue a sua sina de mergulhar cada vez mais fundo no charco da imoralidade.
Votação – Na votação desta terça (dia 18), Aécio Neves precisava de 41 votos, e conseguiu 44. Curiosamente foram três votos a mais, que podem ter sido os votos dos três senadores da Paraíba.