Aécio negocia aproximação do PSDB com PMDB
“O presidenciável tucano Aécio Neves negocia a formação de palanques com o PMDB em Estados onde o partido do vice-presidente Michel Temer não se entende com o PT”. É o que garante o Blog do Josias, no site UOL. Em matéria publicada hoje, o jornalista cita os Estados do Ceará e da Bahia como possíveis de uma aliança entre PSDB e PMDB, adversários históricos.
Mas não seria de todo precipitado pensar essa aliança aqui na Paraíba. O próprio pré-candidato ao Governo pelo PMDB, Veneziano, já cogitou a possibilidade de união com os tucanos, mas pôs como condição o rompimento de Cássio com Ricardo Coutinho (PSB), e o apoio à sua candidatura. Veneziano oferece a vice e a senatoria para compor sua chapa.
Veneziano chegou a pontuar: “Se outros partidos de oposição quiserem conversar conosco, temos duas vagas, de vice e de senador, para que possamos conversar, mas o PMDB tem, inarredavelmente, a candidatura a governo do Estado. É isso que Trócolli e todos os filiados do partido têm falado sem titubear.”
O deputado federal Hugo Motta é outro que defende a aliança. Hugo chegou até a dizer que PMDB abriria vaga de vice e Senado para o PSDB e propôs acordo para Ruy Carneiro ser o candidato a senador.
Quem também defende essa aliança é o deputado Trócolli Junior (PMDB), com Cássio candidato a Governador e Veneziano, saindo como senador. O próprio Cássio insinuou, em recente entrevista, que estaria tendo conversas com o PEN e com o PMDB…
Recentemente, o vice-governador Rômulo Gouveia (PSD) chegou a afirmar que, caso o PSDB de Cássio Cunha Lima se unisse ao PMDB de Veneziano ele não apoiaria o senador, pois não iria “subir no mesmo palanque de um adversário histórico, como o ex-prefeito de Campina Grande.”
Confira a matéria do Blog do Josias na íntegra:
“Aécio negocia palanques com PMDB
O presidenciável tucano Aécio Neves negocia a formação de palanques com o PMDB em Estados onde o partido do vice-presidente Michel Temer não se entende com o PT. Em algumas praças as chances de celebração de acordos são efetivas. Os entendimentos estão mais avançados na Bahia e no Ceará.
No Ceará, Aécio arma um bote duplo. Além de colocar os pés num palanque cearense, ele tenta abrir caminho para a volta do correligionário Tasso Jereissati ao Senado. Para alcançar tais objetivos, trança o apoio do seu PSDB ao senador Eunício Oliveira, ex-ministro das Comunicações de Lula.
Atual líder do PMDB no Senado, Eunício disputará o governo cearense contra o candidato a ser indicado pelo governador Cid Gomes (Pros), com o provável apoio de Dilma Rousseff. Ele já conversou com Aécio. Voltará a procurá-lo após viagem de quatro dias aos EUA, para onde decola nesta segunda-feira (dia 20).
Em privado, Eunício exibe dados de uma pesquisa que encomendou para consumo doméstico. Nesse levantamento, lidera a disputa pelo governo do Ceará com taxas que variam de 45% a 48% das intenções de voto, dependendo do cenário. Na corrida pela única vaga disponível no Senado, Tasso também aparece à frente com 45%.
O tucano Tasso tentara reeleger-se senador em 2010. Viu suas pretensões serem engolfadas pela onda Lula. De saída do Planalto, escorado em popularidade lunar, Lula empenhou-se para prover a Dilma um Senado menos hostil. Estavam em jogo na época duas cadeiras de senador por Estado. No Ceará, Lula ajudou a eleger José Pimentel (PT) e o próprio Eunício. Para o tucanato, a eventual volta de Tasso terá gosto de troco.
A situação da Bahia é mais conhecida. Ali, o PMDB deseja lançar a candidatura de Geddel Vieira Lima para tentar tirar do poder o PT do atual governador Jaques Wagner. Com as bênçãos de Aécio, Geddel tenta coligar-se ao PSDB e ao DEM do prefeito de Salvador ACM Neto. De resto, há negociações abertas em pelo menos mais quatro Estados.”
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