Afinal, Aguinaldo vai ou não romper com Dilma pra apoiar o PSDB de Cássio?
O final de semana foi de turbulências para o deputado e ex-ministro Aguinaldo Ribeiro. Tudo começou quando a Revista Veja noticiou que, ainda esta semana, Ribeiro iria romper com a orientação do Palácio do Planalto e anunciar apoio à candidatura do senador Cássio Cunha Lima. A informação caiu como uma bomba às vésperas da visita da presidente Dilma à Paraíba (nesta terça, dia 13).
Diante de toda repercussão, Aguinaldo apressou-se em afirmar, no domingo, que a informação não tinha procedência. Chegou mesmo a afirmar que foi notinha plantada por pessoas que, antes, tinham conspirado contra sua indicação para o Ministério das Cidades. Resposta pouco convincente, convenhamos. Quem foram as pessoas que conspiraram contra sua nomeação para o Ministério?
A verdade é que, bem recentemente, o próprio senador Cássio admitiu que estava em entendimentos com o PTB de Wilson Santiago e com o PP de Aguinaldo Ribeiro. Ora, falou-se inclusive que o ex-deputado Enivaldo Ribeiro poderia figurar como suplente de Santiago, na hipótese do petebista ser o candidato ao senador na chapa de Cássio. Então, conversações ocorreram.
Agora, é compreensível a reação de Aguinaldo porque, obviamente, seria extremamente desagradável para a presidente Dilma chegar à Paraíba e se deparar com seu ex-ministro, a quem aparentemente deu todo o apoio, bandeando-se para o ninho tucano, sem nem esperar assentar a poeira de sua passagem pelo Ministério. E, no final, talvez esse seja mesmo o destino do PP: aliar-se ao PSDB.
Há outra razão que pode conspirar nessa direção: a notória incompatibilidade do PP de Aguinaldo com o PMDB de Veneziano. Há uma sena acumulada desde a eleição de 2010 em Campina Grande. Como o PT formalizou coligação com o PMDB já para o primeiro turno, soam sem qualquer sentido Aguinaldo, em sua defesa, afirmar que vai manter a aliança com o PT. Será que vai mesmo?