Afinal, com quantos contracheques (em dia) se faz uma aliança?
A Paraíba tem assistido nos últimos dias escaramuças envolvendo a infantaria do governador Ricardo Coutinho e do senador Cássio Cunha Lima. E vários petardos de grosso calibre foram disparados, de um lado e de outro. Porém, meu caro Paiakan, o míssil mais maldoso foi detonado pelo vereador Renato Martins. Sem dúvida, um míssil tomahawk…
Pelo menos é que o deixou claro em entrevista ao portal Wscom, quando declarou que o senador Cássio Cunha Lima não tem nenhum motivo para romper com o PSB do governador Ricardo Coutinho, “por que a gestão já está posta, o cargos do PSDB estão dentro do Estado, todos tem o contracheque em dia.” Como é que é? Contracheques em dia?
Quer dizer, então, que a aliança de Cássio com o Governo RC se fundamenta em contracheques em dia? Tudo bem que aliados fazerem parte de um Governo é algo absolutamente normal. É regra da cartilha política. Mas, resumir a aliança ao pagamento de contracheques em dia não é pouco demais, não? É natural que alguém pergunte: afinal, em quanto importa a soma desses contracheques?
Dependendo da cifra, pode se ter uma ideia do valor que o PSDB do senador Cássio tem para o PSB do governador Cássio, dentro do raciocínio do vereador Renato Martins. Seriam mesmo sete secretários, como o Governo chegou a anunciar, através de sua Secretaria de Comunicação? Há mais servidores indicados em outros escalões? Quantos seriam então?
Talvez o deputado Ruy Carneiro, presidente estadual do PSDB, possa responder a essa questão. Quem sabe até para se antecipar a uma iniciativa do Governo RC de publicar um listão de nomeados, que fatalmente poderá ocorrer na hipótese de se confirmar o rompimento.