Afinal, o que está ocorrendo no PT da Paraíba?
O PT da Paraíba voltou a exercitar o seu jogo mais tradicional: a dubiedade. Num dia, decide descartar qualquer aliança com PSDB e PSB, e de quebra retira a candidatura própria de Nadja Palitot ao Governo do Estado. Ora, se não terá candidato próprio e não se aliará a Cássio Cunha Lima e Ricardo Coutinho, com quem o partido irá se compor?
Elementar deveria ser a resposta. Mas, no outro dia, setores do partido, a exemplo do deputado Anísio Maia, hostilizam o PMDB, com quem deveria se coligar. No momento seguinte, então, o presidente Charlinton Machado decide desautorizar Anísio e todos quantos de alguma maneira venha a se indispor contra a tendência de compor com o PMDB.
Mas, afinal o que o PT da Paraíba quer realmente? Como o partido pretende oferecer um palanque para a presidente Dilma no Estado, considerando que a sua reeleição é a prioridade do momento? A continuar dessa forma, o PT corre sério risco de sair desse processo eleitoral muito menor do que está entrando, e por em risco o futuro de líderes como o prefeito Luciano Cartaxo.
O que disse Anísio – Durante entrevista nesta terça-feira (dia 22), o deputado Anísio afirmou que não se sentia com “empolgação para vestir a camisa do PMDB”, que a aliança era apenas “para cumprir tabela”. De quebra, fez a previsão de derrota para Veneziano. “O PMDB vai marchar para sétima derrota consecutiva na Paraíba, pois está cometendo os mesmos erros do passado, de impor candidaturas, sem conversar com ninguém”
Nota de Charlinton – Eis o que divulgou Charlinton Machado em seu Facebook:
“Na condição de Presidente Estadual do PT, venho de público afirmar que, a fala do deputado Anísio Maia acerca das possibilidades de aliança com o PMDB, divulgada na manhã de hoje em diversos meios de comunicação, não representa o pensamento das Instâncias Partidárias e, muito menos, da Comissão Politica, responsável pela construção e diálogo com a base aliada na Paraíba.
Reafirmo aqui a importância e significado da unidade política da oposição, em particular, o PMDB, fazendo frente aos projetos conservadores, representados pelos candidatos Ricardo Coutinho (Eduardo Campos) e Cassio Cunha Lima (Aécio Neves).
Como é do conhecimento público, a decisão demandada pelo nosso Encontro Estadual, em 12 de abril passado, impõe como maior desafio ao PT/PB, avançar na unidade em prol da reeleição da companheira Dilma, superando assim, divergências locais, em nome da manutenção do projeto democrático e popular, responsável nos últimos 11 anos por retirar milhões de brasileiros da condição de miséria, na direção da dignidade, portanto, da cidadania.”