Afinal, por que o TRE não julga as AIJEs que pedem a cassação do governador? Já se passaram dois anos…
Há uma pergunta reincidente na praça política, e que se intensificou muito após o resultado acachapante das últimas eleições: por que o Tribunal Regional Eleitoral não julga as AIJEs que pedem a cassação do governador Ricardo Coutinho? Meu caro, Paiakan, essas ações foram protocoladas junto à Justiça Eleitoral há dois anos. Então, por que não foram julgadas até agora?
A própria legislação não manda julgar em até um ano? Seria um caso de desobediência à legislação eleitoral? Imagino que não. Mas, termina sendo uma indagação absolutamente pertinente diante de tanta demora. E o cidadão que pagas as contas, inclusive da Justiça Eleitoral, merece uma explicação. Ou não? Não é ao cidadão que a Justiça deve, enfim, prestar contas?
Daqui a pouco, termina o mandato do governador Ricardo Coutinho, as ações perdem o objeto, e o Judiciário acaba correndo o risco de se desmoralizar. Afinal, meu caro Paiakan, o que se está cobrando não é a condenação do governador. Apenas o julgamento. Se for condenado, cumpra-se a lei. Se não for, o governador até ganha um atestado de idoneidade. Mas, o cidadão tem pelo menos as explicações que merece.
Só para termo de comparação, é bom lembrar que a ação, o famoso Caso Fac, que pedia a cassação do então governador Cássio Cunha Lima foi julgada pelo mesmo TRE da Paraíba em menos de um ano. O que mudou deste então no Tribunal? Teria o TRE perdido as marchas de velocidade da sua caixa de câmbio?