Afinal, quem é o chefão da organização criminosa que assaltou o dinheiro da Saúde no escândalo da Cruz Vermelha?
A pergunta que se impõe a esta altura dos acontecimentos é: existe alguma organização criminosa sem um chefe, sem um cabeça? O problema é que, meu caro Paiakan, de todos os personagens até agora envolvidos nas investigações da Operação Calvário na Paraíba, que desbaratou o esquema fraudulento infiltrado na Cruz Vermelha, nenhum deles surge como o líder da organização.
Três foram presos na Paraíba: Leandro Nunes Azevedo, Livânia Farias e, agora, Maria Laura Caldas Carneiro. Outros personagens como Gilberto Carneiro e Waldson de Sousa foram alvos de mandados de busca e apreensão em suas residências, afora outros atores de escalão mais inferior. Mas, se nenhum desses, pelo menos em tese, é o chefe, quem seriam então o cabeça da organização criminosa?
A organização criminosa, segundo a força tarefa da Operação Calvário desviava recursos públicos da Cruz Vermelha gaúcha que, em oito anos na Paraíba, movimentou mais de R$ 1,1 bilhão. A célula do Rio de Janeiro, aparentemente, era comandada por Daniel Gomes da Silva e sua secretária particular Michele Louzada Cardozo. Mas, e a célula da Paraíba?