Agra critica decisão de juiz no Caso Cuiá: “Foi aleatória e extemporânea!”
O prefeito Luciano Agra não tem papas na língua. Visivelmente contrariado com a decisão do juiz Miguel de Britto Lyra Filho (foto), que determinou a quebra dos sigilos bancário e fiscal de empresas envolvidas no escândalo da Fazenda Cuiá, ele disparou, na manhã desta quarta-feira (dia 11): “Eu achei uma decisão aleatório (?) e extemporânea.”
Na última terça (dia 10), o juiz Miguel de Britto decretou a quebra dos sigilos bancário e fiscal das empresas Assare – Comércio e Locação de Veículos Ltda e Coelhos Tecidos, por suas ligações na operação de desapropriação da Fazenda Cuiá e doações de campanha. A área foi adquirida pela Prefeitura, às vésperas das eleições de 2010, para a instalação de um parque.
A operação, que se transformou em escândalo, consistiu na avaliação e desapropriação da Fazenda (que já era uma área de preservação ambiental) em tempo recorde, e por cerca de R$ 11 milhões, valor considerado superfaturado à época. A suspeita é que parte do dinheiro teria sido doado para a campanha do então candidato Ricardo Coutinho.
Segundo consta dos autos, a Assare Comércio fez uma doação em dinheiro através de transferência eletrônica de R$ 448.600,00 (quatrocentos e quarenta e mil e seiscentos reais), no dia 17 de setembro de 2010, e Coelho Tecidos depositou R$ 100.000,00 (cem mil reais) em dinheiro através de transferência bancário no dia 13 do mesmo mês.
Segundo parecer do Ministério Público Eleitoral, as duas empresas não tinham capacidade financeira para fazer as doações.