Agra responde RC com versos de cordel: “Vive a ofender todo mundo”
O prefeito Luciano Agra, pelo visto, já se refez do susto de problemas no voo que o trouxe, nessa madrugada, de Brasília, onde foi receber o prêmio Prefeito Amigo da Criança. Mas, não certamente das agressões verbais do governador Ricardo Coutinho, que o acusou de transformar a Prefeitura “num balcão de negócios”. Coisa de adulto.
Nas primeiras horas da madrugada, o prefeito Agra usou o twitter, como tem sido seu hábito, para solfejar alguns versos de cordel claramente destinados a um seu ex-companheiro de longas caminhadas, pelas críticas pesadas dos últimos dias, que iniciaram, é bom lembrar, com a ameaça de uma palmadinhas em seu bum-bum.
Agra foi buscar inspiração no cancioneiro popular, nos versos do poeta Manuel Clementino Leite, que estão, inclusive, no almanaque distribuído nos voos da Tam. Agra Tuitou, com humor: “Eu não chamo de valentão A cangaceiro vagabundo Que quer ser um Deus na terra Que vive a cometer crimes E ofender todo mundo”.
Seguem os versos na íntegra:
“Desde o princípio do mundo
Que há homem valentão
Um Golias, um Davi,
Carlos Magno, um Roldão
Um Oliveira, um Joab,
Um Josué, um Sansão.
Eu não chamo valentão
A cangaceiro vagabundo
Que quer ser um Deus na terra
Um primeiro sem segundo
Que vive a cometer crimes
E ofender todo mundo.
Tenho visto valentão
Ter sossego e viver quieto
Morando dentro da rua
Comprando e pagando reto
Trabalhar, juntar fazenda
Deixar herança pr’os neto.
Só se esconde o valentão
Que vive com o pé na lama
José Antonio do Fechado
Morreu em cima da cama
Brigou, matou muita gente,
Morreu mas ficou a fama.
Eu três homens valentões
No Pajeí conheci:
Quidute, Joaquim Ferreira,
E José Félix Mari
Mora dentro de Afogados
Tem grande negócio ali.”