AGRESSÃO NA GRANJA Audiência envolvendo Ricardo, irmã, sobrinha e Pâmela deve ser adiada porque advogado de ex-governador viajou à Zurique
Uma das audiências mais esperadas para a tarde desta segunda (dia 9), na 1ª Vara da Fazenda, deverá ser adiada. Envolve, de um lado, Ricardo Coutinho, sua irmã Viviane Vieira Coutinho e sua sobrinha Carolina Vieira Coelho, e, de outro, a ex-primeira-dama Pâmela Bório. Trata-se do processo referente às agressões denunciadas por Pâmela, sofridas dentro da Granja Santana, em 7 de setembro de 2015.
A ação foi movida por Pâmela em junho de 2018. Na ação, a ex-primeira-dama alegou que o relacionamento com o governador “sempre foi marcado pela violência por meio de ameaças”, além de “constrangimentos públicos” e “ameaças, cárcere privado, difamações veiculadas na mídia local paga, agressões físicas e outros tipos de violência de parentes e pessoas próximas ao agressor”.
A audiência foi adiada porque o advogado do ex-governador Ricardo, Francisco das Chagas Ferreira, alegou nos autos que se encontra em viagem a Zurique, na Suíça, onde, conforme alegou, deverá permanecer até o dia 14.
Pra entender – Começou quando, no dia 8 de setembro de 2015, Pâmela Bório, compareceu à Delegacia da Mulher para denunciar tentativa de sequestro, seguida do furto de seu celular e uma agressão física sofrida dentro da Granja Santana. No mesmo dia, a denúncia foi rebatida pelo advogado Antônio Fábio Rocha, do então governador Ricardo Coutinho.
Em entrevista à Imprensa (Programa Intrometidos em http://bit.ly/2DYYfNQ) Pâmela relatou que se encontrava com seu filho, acompanhada de dois policiais que fazem a segurança da criança quando em sua companhia, além de mais dois policiais de escolta. O destino seria o Shopping Mangabeira, por isso ela estranhou quando o comboio se dirigiu à Granja, e questionou os policiais sobre a mudança.
O policial teria dito que era para pegar o jantar da criança. Então, quando chegou à Granja Santana, uma irmã e uma sobrinha do governador abriram a porta do carro e partiram para agressões. Em seu depoimento à Polícia, Pâmela alegou ter sido agredida na mão direita e nas duas pernas. Os policiais então levaram a ex-primeira-dama para casa, de onde ela saiu para denunciar a ocorrência na Delegacia da Mulher e se submeter a exame de corpo de delito no IML.
Já o advogado Fábio Rocha, também em entrevista à Imprensa, negou as agressões contra Pâmela Bório, e afirmou que, na verdade, ela teria entrado intempestivamente na Granja Santana, onde teria se desentendido com as duas parentas próximas do governador. Ele negou a tentativa de sequestro, as agressões e o furto do celular. E alega que Pâmela deveria ter devolvido a criança na noite de domingo.
Segundo o advogado Gustavo Rabay, “o que presenciamos foi algo absolutamente inaceitável contra uma mãe, que apenas estava exercendo o seu direito de ficar com o filho, ela foi abduzida e levada para a Granja do governador, onde foi agredida por pessoas conhecidas como Viviane e Carol, irmã e sobrinha do governador, e ainda furtaram o seu celular, sendo que a criança, chorando e aterrorizada, assistiu a tudo”.
Confira a íntegra do Processo contra RC e familiares por agressão a Pâmela