Águas da Transposição começam a chegar em Boqueirão e racionamento deve acabar em dois meses
As chuvas que caíram na região, na madrugada desta quarta (dia 12), bem que ajudaram, e o volume de água que vem chegando ainda é pouco, mas a verdade é que, finalmente, a Transposição chega ao seu destino: a Barragem de Boqueirão. O próprio presidente da Aesa (Agência Executiva de Gestão de Águas), João Fernandes, confirmou a informação, que já estava pela manhã nas redes sociais.
As primeiras águas ainda vão percorrer mais aproximadamente 15 quilômetros, até atingirem efetivamente o espelho d’água da bacia de Boqueirão. Com isso, a previsão dos engenheiros da obra se confirmou, e com boa antecipação: eles previram que as águas chegariam a Boqueirão com 45 dias, mas chegaram com 35. Com a ajuda das chuvas, obviamente.
Boqueirão está com apenas 12 milhões de metros cúbicos de água, o que corresponde a apenas 3% de sua capacidade máxima, estimada em 411 milhões de metros. Desde dezembro, moradores de 13 cidades da região abastecidos pelo açude, incluindo Campina Grande, estão consumindo águas do chamado volume morto, com uma qualidade já questionada. É perto de um milhão de pessoas.
Racionamento – Segundo João Fernandes, somente quando o açude estiver com 8,2% de sua capacidade é que a Cagepa deverá determinar o fim do racionamento d’água, que já vem há mais de um ano. O que deve ocorrer em dois meses. Com o regular fluxo de águas da Transposição, a tendência é que a barragem consiga se manter como manancial de abastecimento mesmo à estiagens prolongadas, como a que tem acontecido nos últimos cinco anos.