Anísio acusa governador de transformar Granja e Palácio “em comitê eleitoral”
O deputado Anísio Maia rebateu, esta manhã, declarações do governador Ricardo Coutinho, acusando o senador Cássio Cunha Lima (em menor grau) e do ex-prefeito Veneziano (em maior grau) de anteciparem o processo eleitoral de 2014. Segundo Anísio, “quem antecipou o processo foi o governador, ao obrigar prefeitos a baterem fotos e anunciarem adesão, inclusive transformou a Granja Santana e o Palácio da Redenção em comitê eleitoral”.
Há poucos dias, em entrevista à Imprensa, quando indagado sobre declarações de Cássio de que a aliança PSB com PSDB só depende dele, o governador disse que repudiava a antecipação do pleito: “A nossa aliança é forte, mas já disse ao senador (Cássio) que a primeira pessoa com quem quero discutir, no momento adequado, as eleições de 2014 é ele, o que eu não posso é antecipar o processo eleitoral, como está fazendo”.
Mas, conforme o deputado Anísio, “foi o próprio governador qie transformou espaços oficiais em comitê eleitoral, pois todo prefeito que chega na Granja Santana e no Palácio da Redenção é obrigado a declarar apoio e tirar uma foto ao lado dele, e o governador ainda tem a petulância de criticar os seus concorrentes por debaterem política. Será que ele acha que é só ele que tem direito a ser candidato ao Governo?”
O petista diz que não mais segredo para ninguém, na Paraíba, que o “governador está usando o Estado para fazer campanha. É só folhear as páginas dos jornais e constatar quantos prefeitos foram forçados a tirar fotos de campanha em recintos oficiais”. E arrematou: “Em vez de ficar fazendo campanha, devia trabalhar, tratar bem os servidores, acudir os necessitados da seca. Isso ele não faz.”
E a verdade é que o petista tem razão. Não há mais desconhecer o uso intenso da engenharia estatal para pavimentar seu projeto de reeleição. Há poucos dias, sob o pretexto de assinar um pacto com os municípios, o governador reuniu prefeitos no Hotel Tambaú, mas em vez de divulgar as eventuais parcerias, sua mídia só anunciou a adesão de prefeitos. Muitos que, logo após, negaram inclusive.
