Anísio enquadra Couto no confessionário: “Ele agiu mal”
O PT segue com sua velha máxima aqui na Paraíba: o partido se junta, mas não se une. Um bom exemplo foi o que ocorreu com o deputado Luiz Couto, que passou todo o primeiro turno conspirando no confessionário contra o candidato Luciano Cartaxo e, de repente, decidiu expiar os pecados anunciando seu apoio vespertino.
Há quem suspeite que decisão de Couto teve a ver com o desempenho de Cartaxo nas pesquisas de segundo turno, com o fato de Estelizabel Bezerra, do PSB, não ter passado para a prorrogação e até com pressão exercida pela direção nacional, em favor da união na Paraíba. É claro que Luiz não morre de amores por Cartaxo.
Mas, seu comportamento indo e voltando não passou em branco. O deputado Anísio Maia, coordenador da campanha de Cartaxo, reagiu rápido estranhando sua decisão e passou-lhe um sermão numa badalada: “É bom que todos do partido se unam em torno da candidatura de Cartaxo, mas o padre (Luiz Couto) se comportou muito mal no primeiro turno.”
A adesão de Couto tem pouco ou nenhum peso. É muito mais um gesto simbólico. É como se pagasse um pequeno dízimo para expurgar, publicamente, a imagem de dissidente, num momento em que o grupo do qual Cartaxo faz parte se fortalece de forma ameaçadora a seus planos. Couto sabe que só o milagre o fará sobreviver à próxima disputa interna.