Anísio Maia associa o juiz Sérgio Moro ao nazismo e pede ao CNJ seu afastamento da Lava Jato
A surpresa desta terça-feira, na Assembleia Legislativa, foi a inusitada iniciativa do deputado Anísio Maia. Anísio anunciou ter enviado ofícios ao presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), Ricardo Lewandowski e ao Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, solicitando o afastamento imediato do juiz Sérgio Moro do comando da Operação Lava Jato.
Segundo o petista, “o Estado democrático de direito foi frontalmente violado e um precedente gravíssimo foi aberto”. Ele citou que a “arbitrariedade praticada na condução coercitiva do ex-presidente Lula não encontra nenhum respaldo no ordenamento jurídico brasileiro, foi uma ilegalidade e considerado um verdadeiro sequestro por insuspeitos operadores do direito”.
Maia citou o jurista Celso Antônio Bandeira de Mello e até mesmo pelo ministro do Supremo Tribunal Federal, Marco Aurélio de Mello, que criticaram a medida. “A condução do juiz Moro na operação não está preocupada em combater a corrupção, mas, em fazer a política, o senador Aécio Neves (PSDB-MG), por exemplo, já foi delatado por três depoentes diferentes, mas, Sérgio Moro fez de conta que não ouviu.”
“A prática do juiz Sérgio Moro se assemelha a doutrina do jurista do nazismo, Carl Schmitt, para quem o Estado pode atuar descartando procedimentos legais”, acrescentou. O detalhe é que o petista teve o apoio, ainda que isolado, de seu colega Jeová Campos (PSB).