ANTES TARDE… Justiça determina bloqueio das contas de organização criminosa para recuperar dinheiro desviado de propina
Os tempos não têm sido fáceis para as organizações sociais que integraram o maior esquema de corrução, desbaratado pela Operação Calvário. Primeiro, a Cruz Vermelha gaúcha, que foi defenestrada e afastada da gestão do Hospital de Trauma, após movimentar mais de R$ 1 bilhão e desviar milhões em propinas.
Esta quinta (dia 30) não foi exatamente um bom dia para outra OS, o Ipcep, que terceirizou o Hospital Metropolitano de Santa Rita e outras unidades de saúde do Estado, com faturamento acima de R$ 200 milhões. Uma decisão da juíza Silvanna Gouveia Cavalcanti (6ª Vara da Fazenda Pública) tornou indisponíveis os bens da organização social e ainda impôs bloqueio de dinheiro em todas suas contas bancárias.
A ação foi movida pelo governo do Estado, que também pede ressarcimento dos danos causados ao erário pelo Ipecp. Segundo o Estado, a OS tinha “contrato para gestão do Hospital Geral de Mamanguape e do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires e que, segundo investigação conduzida pelo Ministério Público durante a Operação Calvário, a gestão dos recursos públicos pela demandada foi eivada de irregularidades”.
“Aponta a existência de risco de utilização pela promovida de recursos que ainda estão nas contas bancárias vinculadas ao contrato de Gestão, no patamar de R$ 5.191.665,89, para fins ilegais e indevidos; bem como de fundado receio de dilapidação patrimonial pela requerida”, alerta.
CONFIRA ÍNTEGRA DA DECISÃO DA JUÍZA.