ANUÁRIO DE SEGURANÇA PÚBLICA Paraíba registra redução de homicídios em 2023 e é o 3 Estado do Nordeste com a menor taxa de crime
O Governo do Estado divulgou, nesta sexta-feira (23), o Anuário da Segurança Pública e da Defesa Social da Paraíba.
O documento, produzido pelo Núcleo de Análise Criminal e Estatística (Nace) da Secretaria de Segurança revela que, em 2023, houve redução de vários crimes nos municípios do estado, como os contra a vida de mulheres (-13%), latrocínios (-26%), contra o patrimônio (-21%), incluindo ataques a instituições financeiras (-77%).
O Anuário aponta, ainda, que, em 2023, polícias da Paraíba apreenderam um total de 3,5 toneladas de drogas; e foram retiradas de circulação 3.197 armas de fogo em todo o Estado.
Outro dado revelado pelo documento revela que as forças de Segurança da Paraíba realizaram 11,8 mil operações de interesse estratégico. Ao mesmo tempo, mais de 3 mil prisões de interesse estratégico, como as que envolvem suspeitos de homicídios, latrocínios e roubos, e 17 mil prisões em geral.
“Nós temos a melhor segurança pública do Norte/Nordeste e a terceira melhor do país, de acordo com o Centro de Liderança Pública, o que atesta a eficiência das ações desenvolvidas na área e os investimentos que têm permitido esse padrão de excelência porque apoiamos ao máximo a aquisição de equipamentos, de novas tecnologias, com os Centros Integrados de Comando e Controle de João Pessoa, Campina Grande e Patos, melhorias nas estruturas físicas e, principalmente, na valorização e reconhecimento do trabalho de homens e mulheres que têm demonstrado seu compromisso com a segurança dos paraibanos, fazendo o nosso estado ter o reconhecimento nacional pelos resultados das políticas públicas implantadas”, disse o governador João Azevêdo.
Detalhes – De acordo com o documento, homicídios dolosos ou qualquer outro crime doloso que resulte em morte, os números passaram de 1.036 casos em 2022 para 995 no ano passado. O dado se reflete na menor taxa por 100 mil habitantes já registrada desde 2019 e na posição de 3ª menor taxa de assassinatos por 100 mil habitantes entre os estados do Nordeste. Em cinco anos, comparando os períodos de 2014-2018 a 2019-2023, a redução chega a 23% em números absolutos.
Destaca-se ainda a queda de registros de CVLI nos municípios mais populosos do Estado. Em Campina Grande, 2ª cidade com maior número de habitantes da Paraíba, a redução de assassinatos foi de 31%, sendo 39 casos em 2022 e 27 no ano passado, o que representa uma taxa de 6,4 CVLI por 100 mil habitantes. Esse número chegou a 45,2 por 100 mil habitantes em 2013 e é o menor valor da série histórica de ocorrências já verificadas no município (6,4 por 100 mil habitantes). Dessa forma, a cidade é atualmente a menos violeta do Norte/Nordeste entre os municípios com 200 mil habitantes.
Em Santa Rita, 3ª cidade mais populosa do Estado, os casos foram de 82 em 2022 para 63 em 2023 (-23%), com redução de ocorrências, ano a ano, desde 2019. Esse também foi o menor número já registrado no município em sua série histórica (42 por 100 mil habitantes). Cidades como Patos e Sousa, no Sertão paraibano, também tiveram queda nos registros de ocorrências (-34% e -47%, respectivamente).
Outros dados importantes apontados pelo Anuário da Segurança Pública e da Defesa Social da Paraíba é que 73 cidades da Paraíba não tiveram registros de assassinatos em 2023, sendo essa a maior quantidade de municípios sem CVLI desde 2014. Além disso, sete municípios (Carrapateira, Gurjão, Joca Claudino, Lastro, Santa Helena, São Domingos e Serra da Raiz) estão há cinco anos sem CVLI).
A redução de assassinatos no Estado também se refletiu em menos mulheres vítimas de crimes contra vida. A quantidade de mulheres vítimas desse tipo de crime caiu 13%, com 86 casos em 2022 e 75 casos em 2023. O Anuário também traz que o percentual de elucidação de CVLI de mulheres no Estado é de 79% dos casos (de janeiro a outubro) e de feminicídios, especificamente, é de 100%.
E para qualificar ainda mais as políticas públicas de enfrentamento à violência contra as mulheres, a Sesds criou um novo indicador para estudo, o VIOLETA, que abrange violência psicológica, ameaça, lesão corporal por violência doméstica, importunação sexual, estupro, descumprimento de medida protetiva de urgência, tentativa de feminicídio, feminicídio e qualquer CVLI de mulher, uma vez que toda morte de mulher deve ser investigada como possível feminicídio, conforme o Protocolo de Feminicídios da Paraíba.