CADÊ OS R$ 130 MILHÕES? Apenas 3,7% do dinheiro da propina foram recuperados pela Calvário e usados no combate ao coronavírus
Em 26 de março último, o Gaeco distribuiu 15 respiradores pulmonares a hospitais do Estado (num total de dez), dos municípios de João Pessoa e Campina Grande (dois para cada cidade) e ao HU Lauro Wanderley (UFPB). Os aparelhos custaram R$ 825 mil. Uma ajuda considerável. O dinheiro teria sido recuperado a partir de operações como a Calvário.
No dia 27, o desembargador Ricardo Vital de Almeida (relator da Calvário), deferiu pedido formulado pelo Ministério Público da Paraíba (Gaeco) para destinar os R$ 399.000,00, que foram depositados judicialmente por Livânia Maria da Silva Faria, ao Lauro Wanderley, para a aquisição de 2.660 testes de antígeno por imunofluorescência ECO-F para Colvid-19, em 133 kits.
No dia 28, o ministro Francisco Falcão (relator da Calvário), determinou que organização criminosa desbaratada pelo Gaeco iria bancar, neste primeiro momento, R$ 3 milhões desviados dos cofres da Paraíba. O dinheiro foi depositado pelo lobista Daniel Gomes da Silva, comparsa do ex Ricardo Coutinho (conforme vários áudios), como ressarcimento pelo rombo causado ao erário.
Somados, teríamos algo em torno de R$ 4,25 milhões. Ora, levantamento do próprio Gaeco indicou que a organização criminosa, chefiada na Paraíba pelo ex Ricardo Coutinho, teria transformado em propina nada menos do que R$ 134,2 milhões em recursos da Saúde. A dinheirama, segundo a força tarefa, teria sido utilizado para comprar votos e vencer eleições e, especialmente, para enriquecimento ilícito.
Ou seja, ainda estão faltando R$ 130 milhões a serem devolvidos. A pergunta que não quer calar: onde está esse dinheiro, que é do povo da Paraíba e que tanto poderia ajudar neste momento no combate ao coronavírus?