A Associação Paraibana do Ministério Público decidiu rebater as declarações dadas pelo ex Ricardo Coutinho, no final de semana, que, após mais uma denúncia contra ele pelo Gaeco, afirmou, em nota, que está sendo vítima de uma “clara perseguição”. A nova denúncia se reporta à prática de irregularidades com a empresa Lifesa, apuradas no âmbito da Operação Calvário.
Em nota a APMP afirmou ser improcedente a reação do ex-governador, lembrando que a atuação do MP é embasada em “indícios de autoria e prova da materialidade de condutas delitivas, submetidas ao crivo do poder judiciário”. E lembra que o Gaeco tem avançado “enfrentamento isento, técnico e destemido de organizações criminosas com ramificações em nosso Estado”.
CONFIRA NOTA DA ASSOCIAÇÃO…
A Associação Paraibana do Ministério Público – APMP – vem repudiar as referências feitas pelo Ex-Governador Ricardo Vieira Coutinho em suas redes sociais, a respeito da atuação funcional e constitucional de membros do Ministério Público integrantes do Grupo de Atuação Especial Contra o Crime Organizado – GAECO.
Desde logo, cabe destacar que as manifestações de todos os membros do Ministério Público, por assento e obrigação constitucional, são devidamente fundamentadas, e sujeitas aos Órgãos de controle institucionais – interno e externo.
Manifestações de denunciados nas redes sociais, alegando suposta “perseguição” pessoal, são tecnicamente equivocadas, usuais em ações deste viés, demais disso a persecução penal, ao revés de perseguição pessoal, se faz com apresentação de denúncia arrimada em justa causa, isto é, indícios de autoria e prova da materialidade de condutas delitivas, submetidas ao crivo do poder judiciário para exercício da dialética, inerente ao sistema acusatório, sendo essa a regra do Estado de Direito.
A história do Grupo de Atuação Especial contra o Crime Organizado – GAECO – fala por si, pelo enfrentamento isento, técnico e destemido de organizações criminosas com ramificações em nosso Estado, como um soldado da lei e guardião da Constituição, com o objetivo de proteger a Sociedade paraibana e o seu erário.
João Pessoa, em 25 de maio de 2020.
Márcio Gondim do Nascimento
Pres. APMP