Após cisma entre Renan e Maranhão a CCJ sinaliza pela cassação de Delcídio e rito do impeachment prossegue
A Comissão de Constituição e Justiça, presidida pelo senador Zé Maranhão, aprovou esta noite (segunda, dia 9), em regime de urgência, parecer do relator Ricardo Ferraço (PSDB-SC) que dá pista livre para o plenário da Casa aprove a cassação do senador Delcídio do Amaral (sem partido-MS), ainda nesta terça, e liberar a votação do pedido de impeachment contra a presidente Dilma.
Mas, não foi uma decisão tranquila. Tudo começou quando, no meio da tarde, a CCJ aprovou por maioria dar um prazo (até quinta-feira) para Delcídio aditar mais provas ao processo, como parte de sua defesa. No final da tarde, ao tomar conhecimento do adiamento da decisão, Renan Calheiros afirmou que não colocaria o pedido de impeachment em votação, antes de votar a cassação de Delcídio.
O caso criou um momento de estranhamento entre Renan e Zé Maranhão. A solução conciliatória veio com um requerimento do deputado Jucá (PMDB-RR), que propiciou a realização de uma reunião extraordinária da CCJ, inclusive no próprio plenário da Casa, viabilizando a votação da cassação de Delcídio na abertura dos trabalhos do Senado, esta terça-feira.
No final, os senadores Renan e Zé Maranhão superaram o cisma, e, com isso, o rito inicial do processo de votação do impeachment deve ocorrer, conforme previsto, nesta quarta-feira (dia 11).