APÓS CONVERSA COM MINISTRO Secretário lamenta “maior tragédia sanitária do País” e defende união para enfrentar pandemia
O secretário Geraldo Medeiros (Saúde), em texto distribuído à Imprensa, esta manhã (quarta, dia 17), após conversa por telefone com o futuro ministro Marcelo Queiroga (Saúde), afirmou que o País enfrenta a sua maior tragédia sanitária, e defendeu a união de todos para salvar vidas. O secretário censurou o desprezo ao isolamento social e ao uso de máscaras, além de eleições atemporais, minimização do novo coronavírus, e a falha “na aquisição precoce das vacinas”. Confira íntegra do texto…
Estamos diante da maior tragédia sanitária da história do nosso país. Um Brasil majestoso, um povo alegre e hospitaleiro jamais deveria permitir que um tema de saúde pública se configurasse como uma disputa política com grupos sectários de ambos os lados.
Seria o momento de estarmos unidos, tendo um único pensamento, salvar vidas de brasileiros, indistintamente do nível sócio econômico, principalmente dos nossos idosos, que representam a maioria dos mortos.
Enveredamos por discussões inúteis e acirradas em redes sociais, abandonamos a ciência, idolatramos drogas inefetivas, condenamos o isolamento social em momentos cruciais, que precisávamos utilizá-lo, desprezamos as máscaras, realizamos eleições atemporais, insistimos em minimizar o novo coronavírus, falhamos na aquisição precoce das vacinas, investimos parcos recursos na atenção primária à Saúde e na nossa malha hospitalar ao longo dos anos associados a má aplicação e manutenção.
Recebamos e reconheçamos com humildade nossos erros, acalmem os ânimos e nos unamos com a chegada de um novo Ministro contribuindo com o mesmo e todos os entes federados em conjunção possamos sair do cadafalso em que nos encontramos. Não nos iludamos com ampliação de leitos.
São métodos paliativos de gestão Aos familiares daqueles que se foram e pereceram precocemente a certeza de muitas mortes evitáveis e a tristeza, a saudade e o choro copioso dos que ficam. Um ano que se foi e nunca esqueceremos. Acorda Brasil.