APÓS DESTITUÍDO NO PTB Santiago diz ser inconstitucional impeachment de ministros do STF e deve definir futuro partido em breve
O deputado Wilson Santiago, destituído da presidência estadual do PTB, após se ausentar de votação do projeto de lei que instituía a possibilidade de impeachment para ministros do Supremo Tribunal Federal, deve definir seu futuro partidário nos próximos dias. Um dos destinos pode ser o PSL de Julien Lemos.
Em nota à Imprensa, Santiago, sem explicar porque se ausentou da votação, disse que o projeto é inconstitucional: “O presidente nacional do PTB tenta impor posições que desrespeitam os poderes e a política como instrumento de construção social. Seu alinhamento político ao presidente Bolsonaro não pode transformar o PTB em filial de grupos extremistas e antidemocráticos.”
Partido – Em nota, a direção nacional partido, que é contra o ativismo judicial, pontuou, ao destituir Santiago da presidência estadual: “Foi feita a troca, de forma imediata, dos membros da Comissão de Constituição e Justiça e Cidadania que se omitiram. Ademais, o deputado Wilson Santiago foi afastado do comando partidário da Paraíba”.
E ainda: “O PTB, então, reforça o seu posicionamento em respeito à lealdade com a nação brasileira e com os ideais partidários amparados pelo Estatuto. O ativismo judicial é pernicioso ao país e tem que ser combatido. Portanto, o PTB vai até o fim pela aprovação deste projeto e de outros que combatem o ativismo judicial.”
Projeto – O Projeto de Lei 4754 estabelecia a possibilidade de impeachment de ministros do Supremo que usurpassem competência do Congresso Nacional e foi derrotado na Comissão de Constituição e Justiça com apenas um voto de diferença. Foram 33 votos contra a aprovação do projeto e 32 a favor.
Os deputados paraibanos Gervásio Filho e Aguinaldo Ribeiro votaram contra o projeto, e foram votos decisivos para que não fosse aprovado pela comissão.