APÓS INTERVENÇÃO NO PT… Anísio avisa à nacional: “Pode vir repressão, pode vir perseguição, nós não abrimos dessa candidatura”
O candidato Anísio Maia (PT) não demonstrou temor com a intervenção radical imposta pela direção nacional no diretório de João Pessoa. Uma comissão interventora será instalada para responder pela municipal, e um dos objetivos será reverter a candidatura de Anísio, para forçar o partido a compor com o candidato Ricardo Coutinho (PSB), indicando como vice Antônio Barbosa.
Anísio afirmou: “Pode vir repressão, pode vir perseguição, nós não abrimos dessa candidatura, que ela não é nossa, é dos petistas de João Pessoa… Eles passam o dia todinho conspirando contra nós. Combinando o que fazer. Todo dia é uma medida para inviabilizar a nossa candidatura. Isso é muito bem pensado. Eles sabem que isso não tem jeito. Eles sabem que vão perder na justiça todas as ações, mas ficam colocando, pensando diariamente alguma coisa para nos prejudicar.” Suas declarações foram dadas ao Sistema Arapuan.
Intervenção – Já o presidente estadual, Jackson Macedo, declarou à Imprensa: “Não sei qual o objetivo da intervenção. Quero ser justo, nunca defendi intervenção em instancia partidária, é um processo muito brusco, levado só em últimas consequências quando não tem mais jeito nenhum de diálogo, de conversa. Não é antidemocrático porque tem uma regra no estatuto, tem direito de defesa, tem que ter um pedido, analisado por instância superior.”
Decisões – A Justiça Eleitoral já decidiu, em duas instâncias, em favor da candidatura de Anísio Maia. Primeiro, o juiz Fábio Leandro (64ª Zona Eleitoral) considerou regular a convenção que homologou a chapa de Anísio e mandou o PSB substituir Barbosa na chapa de Ricardo Coutinho. Na segunda, o desembargador-substituto Roberto Gonçalves Abreu, do Tribunal Regional Eleitora, ratificou a decisão do juiz e manteve a chapa de Anísio-Percival.
A defesa de Ricardo Coutinho já anunciou recurso, tanto junto ao TRE-PB, quanto ao Tribunal Superior Eleitoral.