APÓS OPERAÇÃO CALVÁRIO Clima teria ficado tenso entre auditores e conselheiros do Tribunal de Contas do Estado
O Blog recebeu informação, meu caro Paiakan, de que não é exatamente dos mais amistosos o clima entre alguns auditores (além do Ministério Público de Contas) e conselheiros do Tribunal de Contas do Estado. As maiores queixas dos auditores e membros do MPC são em relação aos pareceres técnicos gerados que, via de regra, não são aprovados pelos conselheiros em várias matérias.
As queixas mais acerbas se referem aos pareceres técnicos em relação às organizações sociais, em especial a Cruz Vermelha gaúcha. Durante anos, conselheiros do TCE desconheceram os alertas feitos pelos auditores e o MPC, aprovando as contas do governo do Estado. O despertar só teria acontecido muito recentemente após a Operação Calvário desbaratar um bilionário esquema criminoso de corrupção.
Há alguns meses, quando o Ministério da Justiça, alertado do esquema, passou a requisitar informações ao TCE sobre o esquema criminoso infiltrado na Cruz Vermelha gaúcha e outras organizações sociais, o abismo entre auditores e conselheiros ficou ainda mais evidente. E essas contradições, até onde o Blog pode apurar, não teriam passado em branco no Ministério da Justiça.
Não seria exatamente participação de membros da Corte no escândalo. Isso está aparentemente descartado. Seria muito mais por conta da interpretação dos dados aos auditores e MPC. Eu creio, meu caro Paiakan, que o TCE tem poucas opções e pouco tempo para se redimir e evitar que uma tempestade jurídica despenque na Corte.
Apenas a título de registro: o TCE tem sido “visitado” com frequência nos últimos tempos por órgãos de investigação.