APÓS PRISÃO NA CALVÁRIO Defensor pede cancelamento de honraria dada pelo MP a Ricardo Coutinho: “Não cabe chefe de organização criminosa receber medalha”
A recente prisão do ex Ricardo Coutinho, além de todo desgaste, inclusive nacional, já rendeu a perda temporária da guarda do filho (com Pâmela Bório), mas pode trazer outras consequências. Uma delas, por exemplo, é a perda de honrarias que andou recebendo no final de seu mandato, como a medalha José Américo de Almeida, conferida pelo Ministério Público da Paraíba.
Há poucos dias, o defensor e policial aposentado José Espínola da Costa, protocolou, junto ao Colegiado de Procuradores, petição para que seja revogada a concessão do certificado e da medalha que foram entregues ao ex-governador em 4 de dezembro de 2018. O caso, agora, será apreciada nas próximas reuniões do colegiado. “Ele é o chefe da orcrim, não cabe”, argumentou Espínola.
A medalha José Américo de Almeida foi criada pelo Ministério Público da Paraíba em 1997 para homenagear personalidades que contribuem com o desenvolvimento da instituição e da sociedade. A medalha é dividida em três categorias: Alta Distinção (folheada em ouro é a mais elevada), Distinção em prata e Bons Serviços. Ricardo Coutinho recebeu a de alta distinção.
Justificativa – Espínola alega que, diante do escândalo revelado pela Operação Calvário, quando a “Paraíba ficou sabendo que o ex-governador Ricardo Coutinho era, na verdade, chefe de uma organização criminosa, a homenagem perde sua razão e seu objetivo que é o de agraciar quem de fato prestou relevantes serviços ao órgão e a sociedade paraibana”.