Após vaias, pressão e ameaça judicial, governador autoriza promoção de PMs
O governador Ricardo Coutinho não resistiu à pressão dos policiais e recuou. Primeiro, as esposas dos PMs promoveram um protesto puxado a vaias em Itabaiana, durante uma plenária do Orçamento Democrático. Foi um alerta. Depois, as entidades da Polícia Militar anunciaram ação judicial para obrigar o Governo a conceder a promoção de mil soldados e cabos.
Os praças já tinham cumprindo os dez anos de permanência nas atuais funções, além de se submeterem ao curso de formação, como prevê a legislação, mas o governador vinha se negando a conceder o benefício, desde o ano passado. “Nós estávamos com a documentação preparada para ir à Justiça”, revelou o coronel Francisco, presidente do Clube dos Oficiais.
Em seu programa semanal, desta segunda-feira (dia 22), na Rádio Tabajara, o governador anunciou a concessão das promoções. Segundo o coronel Maquir, da Caixa Beneficente, “o governador não tinha outra saída, porque as promoções são um direito dos cabos e soldados, então nós iríamos à Justiça e, com certeza, iríamos conseguir por via judicial”.
O coronel Francisco lembrou que o governador só concedeu o benefício, porque os policiais iriam à Justiça: “Há algumas semanas, o governador chegou a dizer que não daria as promoções, alegando falta de recursos e problemas com a Lei de Responsabilidade Fiscal. Mas, quando soube que iria perder na Justiça, num instante apareceu dinheiro pra conceder os direitos dos praças.”
As esposas dos policiais já estavam se mobilizando para promover outro ato público, em frente ao Palácio da Redenção, pela implantação das promoções.