AQUELE ABRAÇO A sugestão agora é os ricardistas colocarem seus cargos à disposição de João Azevedo
Não há que se falar em rompimento. Não ainda. E o governador João Azevedo repele com veemência sempre que alguém especula sobre essa possibilidade. Mas, o fato é que ninguém pode brigar contra a natureza. João sabe que está sendo hostilizado dentro de seu partido, o PSB, por não atender caninamente a cartilha imposta pelo ex Ricardo Coutinho.
João sabe que desagradou ao demitir o primeiro time de Ricardo Coutinho, ai compreendendo Waldson de Sousa, Gilberto Carneiro e, especialmente, Amanda Rodrigues. Livânia Farias não tinha jeito mesmo. Foi presa na Operação Calvário, não havia como segurar. E, claro, Cláudia Veras, indicação pessoal da deputada Estela Bezerra. Veras foi rebaixada e isso magoou.
Além do mais, Azevedo não tem disponibilizado os instrumentos para Ricardo Coutinho se abrigar em meio à tempestade que a Operação Calvário trouxe. Especialmente na área jurídica e de comunicação. Por mais que João argumente que isso significaria se expor além do limite do razoável, colocando em risco o futuro do governo, setores radicais do ricardismo não se convencem.
Até onde o Blog pode apurar, o que começa de fato a crepitar é a sugestão de que todos aqueles mais próximos de Ricardo Coutinho, ou que apresentem potencial de risco para a imagem do governo devem entregar os cargos, para que Azevedo tenha liberdade de decidir quem deve permanecer. Algo similar ocorreu com Waldson e Gilberto, que não queriam sair.Até resistiram.
É o que está posto. Os próximos dias dirão que rumo João tomará em meio ao tsunami que se aproxima de seu governo, se não tomar as devidas providências.