ARREMATE DO DIA – Seu Cabral e o cheque dividido em dois
Severino Cabral foi um dos prefeitos mais populares de Campina Grande. O povo gostava do seu jeito rude e matuto de se comportar e administrar. A pobreza, então, adorava o velho pé-de-chumbo, como era até mais conhecido. Ele administrava como se estivesse despachando de sua própria casa.
Um dia, chegou um fornecedor cobrando uma conta de sessenta mil cruzeiros. Seu Cabral mandou chamar a secretária: “Preencha aí, minha filha, um cheque de sessenta mil pra eu pagar esta conta”.
A mocinha saiu encabulada, deu um tempão, e voltou toda constrangida, ainda com o papel debaixo do braço. “Que é que há, menina?“, perguntou Cabral, já impaciente, ante a presença do fornecedor ali de lado. Ela achegou-se ao prefeito e falou quase ao ouvido: “Eu não sei se sessenta escreve com dois ss ou com um cedilha, pôr isto estou em dúvida…”
Cabral meditou, meditou, então indagou: “E quanto é trinta mais trinta?” Ela: “Num é sessenta?” Ele: “Pois, então faça dois cheques de trinta e pronto!”