O Blog abre espaço para comentário do jornalista Marcos Alfredo, coordenador de Comunicação de Campina Grande, tratando do plano apresentado pelo prefeito Romero Rodrigues, para atender às demandas da economia em tempos de coronavírus. Adverte Marcos: “Mais cedo ou mais tarde, essa tempestade não vai passar? E o correto, recomendado e inteligente não é já se ter um plano para, no momento certo, permitir à cidade a retomada gradual de sua normalidade?”. Confira a íntegra de seu comentário…
Estamos em meio à primeira pandemia da história da humanidade com redes sociais. É um momento ímpar que, como um tsunami, provoca muitos estragos – embora devamos reconhecer que, quando bem utilizadas, as RS podem ser construtivas.
No cotidiano da Covid-19, na coordenação da Comunicação da Prefeitura de Campina Grande, tenho atestado como essa mistura de pandemia e redes sociais tem provocado um fenômeno sociológico: uma tensão permanente, um estresse sem tamanho, atinge as massas, hoje dividida em grupos de Whats App e outros aplicativos.
Com todos muito tensos, qualquer informação é motivo para reações à flor da pela. Vejamos, por exemplo, o plano estratégico que a Prefeitura elaborou para a retomada gradativa das atividades econômicas na cidade.
Em alguns setores, foi um Deus nos acuda. Todo tipo de teses, conceitos e preconceitos foram expressados, num pandemônio coletivo segmentado com uma mistura de ódio, perplexidade e desconfiança.
Mas vamos aos fatos. Minha gente, como diria um amigo, a resposta é autoexplicativa. Trata-se de um PLANO, que será avaliado de forma criteriosa, sob o rigor técnico-cientifico da Secretaria de Saúde e mantendo como referência as recomendações da OMS.
Nesse sentido, aqui vai uma reflexão: mais cedo ou mais tarde, essa tempestade não vai passar? E o correto, recomendado e inteligente não é já se ter um PLANO para, no momento certo, permitir à cidade a retomada gradual de sua normalidade?
Asfixiada por um problema de dimensão mundial, a cidade e seus setores que geram empregos e renda estão inseridos na catástrofe planetária, mas é preciso que se estabeleça, pelo menos, um horizonte, uma perspectiva, um PLANO que transmita a mensagem de que, quando for possível voltarmos à nossa normalidade, sabemos o que fazer, como fazer e que caminhos seguir.
E que Deus nos abençoe a todos, dando-nos mais serenidade, discernimento e esperança – valores que a Covid-19 não pode contaminar.