ASSÉDIO MORAL Servidores denunciam intimidação na Fundac após decidirem entrar em estado de greve
O clima está pesado dentro da Fundac (Fundação Desenvolvimento da Criança e do Adolescente), especialmente após os servidores decidirem entrar em estado de greve. Há poucos dias, dirigentes do Sintac (Sindicato dos Servidores) foram impedidos, pela direção, de falar aos servidores e foram expulsos de um curso que estavam ministrando.
Em nota, a direção do Sindicato, repudiou a “tentativa de censura” da direção da Funda e denunciou o “total descaso e desrespeito a essa fundamental categoria, que tanto contribui para o processo de socioeducação no Estado”. O Sintac também anunciou que irá tomar as medidas judiciais cabíveis contra a direção da Fundac.
CONFIRA A ÍNTEGRA DA NOTA…
“O SINDICATO DOS TRABALHADORES DA FUNDAÇÃO DESENVOLVIMENTO DA CRIANÇA E DO ADOLESCENTE “ALICE DE ALMEIDA”- SINTAC vem por meio dessa externar todo o seu repúdio e indignação com os fatos ocorridos na manhã desta segunda, 12/03/18, na Espep – Escola de Serviço Público do Estado da Paraíba, quando a diretoria foi tratada desrespeitosamente por uma das organizadoras do evento e duas servidoras que compõem a direção do sindicato e que estavam inscritas no curso foram impedidas de entrar na sala de aula.
É que a diretoria do SINTAC compareceu naquele local, onde estava sendo realizado um curso de capacitação destinado a um significativo número de servidores da Fundac para levar informações sobre o resultado da assembleia geral da categoria, ocorrida na última sexta-feira, que deliberou por estado de greve e um calendário de mobilizações em protesto ao silêncio do Governo quanto à agilização do Plano de Cargo, Carreira e Remuneração, usando de suas prerrogativas de visitar sua base, onde ela estiver. Ao chegar ao local, foi solicitada à senhora Katiuska, uma das organizadoras do evento, uma autorização para falar com a categoria, quando esta respondeu que a ordem só poderia ser dada pela coordenadora de capacitação da FUNDAC, a senhora Erica Renata.
Como a resposta estava demorando muito a chegar, a diretoria pediu permissão à professora que estava ministrando o curso para fazer o comunicado, pleito prontamente atendido, só que a Erika Renata adentrou a sala, autoritariamente, dizendo que a professora não poderia decidir pela permissão ou não. Isso era uma atribuição da coordenação e expulsou deselegantemente a presidente do Sindicato, Lúcia Brandão, assim como as diretoras e participantes do curso Lúcia Figueiredo e Lúcia Helena da sala de aula, informando que o Sindicato só poderia falar com a categoria no intervalo para o almoço, dizendo que era uma vontade dos próprios participantes, o que não foi verdade.
Além da falta de educação e respeito contra a direção de uma entidade representativa de uma categoria, a Sra. Érika Renata ou quem lhe deu as ordens para impedir a participação no curso a quem estivesse no movimento, ainda feriu o direito constitucional de ir e vir e cometeu também assédio moral ao fazer as duas servidoras passarem por constrangimento diante seus colegas.
A Direção do Sintac ficou revoltada com tamanha desconsideração e ainda levou o nome de baderneira pelo advogado comissionado da Fundac, Sr Matheus Toscano de Brito, cuja acusação provocou alvoroço nos servidores efetivos que estavam participando do curso.
Em virtude da confusão, a diretoria do SINTAC foi obrigada a deixar o local, passando uma imagem distorcida aos servidores que ali se encontravam.
Infelizmente o que se constata com relação a isso é um total descaso e desrespeito a essa fundamental categoria, que tanto contribui para o processo de socioeducação no Estado.
O SINTAC, na defesa do livre exercício desta categoria, repudia qualquer tentativa de censura à atividade sindical, que é essencial na defesa do Estado Democrático, na conquista de novos patamares salariais e civis dos servidores da FUNDAC e irá tomar todas as medidas cabíveis para que essa situação jamais se repita.
LUCIA DE FÁTIMA BRANDÃO
Presidente do SINTAC-PB”