Até que ponto a eleição no Ministério Público pode pôr em risco a Operação Calvário?
O Ministério Público da Paraíba vive em clima de ebulição, e não apenas por conta das fogueiras juninas. Mas, especialmente, em função da disputa que se trava pela eleição da lista tríplice para escolha do próximo procurador-geral de Justiça. As eleições irão ocorrer em 29 de julho.
Até onde o Blog apurar, quatro nomes foram inscritos para a disputa (as inscrições encerraram no último dia 14): João Geraldo Barbosa, Francisco Seráphico Ferraz da Nóbrega Filho (atual procurador-geral), Antônio Hortêncio Rocha Neto e Francisco Bergson Formiga.
Nos bastidores circula a especulação de que, a depender da escolha, algumas operações em curso, como a Calvário, por exemplo, poderão ser muito prejudicadas. Como se sabe, a nomeação do próximo procurador irá caber ao governador João Azevedo…
Qualquer um dos três da lista estarão habilitados para nomeação. E o governador pode optar por nomear um procurador, digamos, menos afinado com a orientação que o Gaeco vem imprimindo nas investigações. No popular: Azevedo pode escolher um procurador politicamente mais simpático.
Por simpático, entenda-se, a setores do PSB, partido que teve vários de seus integrantes envolvidos no maior esquema de corrupção da História da Paraíba, desbaratado pela Operação Calvário, e que revelou uma movimentação de mais de R$ 1,8 bilhão de recursos públicos, através da Cruz Vermelha e outras organizações sociais.
Ou João pode, de repente, agir de forma republicana e nomear o mais votado. Até para evitar especulações de que poderia, eventualmente, conspirar para sepultar a Operação Calvário e outras em andamento pelo Gaeco por envolver aliados políticos.