ÁUDIO TRE decide julgar na 5ª promotora acusada de comprar votos para reeleição da mãe
O Tribunal Regional Eleitoral definiu pauta para julgar o caso da promotora Ismânia Pessoa que, na eleição de 2016, foi acusada de comprar votos para a reeleição de sua mãe, a prefeita de Eunice Pessoa (Mamanguape), do PSB. O julgamento está marcado para a próxima quinta (dia 1). Eunice já foi cassada em 1ª instância pela juíza Juliana Duarte Maroja (Mamanguape). E Ismânia foi punida pelo Ministério Público do Estado.
Em sua sentença, de outubro do ano passado, a juíza pontuou: “Determino a cassação dos diplomas de Maria Eunice do Nascimento Pessoa e Baby Helenita Veloso Silva, prefeita e vice-prefeita, respectivamente, eleitas e diplomadas, declarando nulos os votos por elas recebidos no pleito municipal eleitoral do ano de 2016, resolvendo o mérito.”
Em sua sentença, a magistrada ainda condenou a prefeita, sua vice Baby Helenita Veloso Silva e sua filha Ismânia Pessoa à inelegibilidade pelo prazo de oito anos, além de uma multa individual de R$ 53.205,00 (cinquenta e três mil, duzentos e cinco reais) “considerando a condição econômica de cada uma, gravidade das condutas e as temerárias consequências para o regime democrático.”
Áudio – Durante a campanha de 2016, um dos candidatos decidiu gravar toda uma conversa com Ismânia. No áudio, a filha da candidata Eunice oferece a quantia de R$ 5 mil, além de três cargos na prefeitura para cada candidato que mudar de lado. “Você se declarando (que deixa Fábio e apoia Eunice) a gente dá um valor a vocês agora”, diz.
Em outro trecho da reunião, a candidata à vereadora Rizo Mourão (PSDB), perguntou se teria mais algum benefício. “No caso desse… bem… você dando esses R$ 5 mil e a gente tem direito a quantos empregos?” Também se oferece R$ 500, e dinheiro para gasolina e cachaça. Uma terceira pessoa aparece no áudio sendo identificado como Moacyr Cartaxo, um investidor da campanha.
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