Ausência de Lígia e candidatura de Veneziano a senador marcam lançamento da campanha de Azevedo
Dois fatos foram destaque no evento da noite desta quinta (dia 6), no Ginásio do Cabo Branco, quando o governador Ricardo Coutinho oficializou a candidatura do ex-secretário João Azevedo ao Governo. Primeiro, a ausência da vice-governadora Lígia Feliciano. Depois, seu anúncio de que o deputado Veneziano deverá ser candidato a senador na chapa do PSB.
Azevedo, que fora exonerado da Secretaria de Infraestrutura, aparenta ser, de forma irreversível, o candidato do governador. Sem mais voltas. Um recuo agora, seria um completo desastre. Assim sendo, para João, a maratona começa agora, e ele terá até outubro para demonstrar sua viabilidade eleitoral. Se RC permanecer no Governo, terá um cabo eleitoral de peso. Se deixar, Azevedo terá o desafio multiplicado.
Lígia – A ausência de Lígia (e Damião Feliciano) parece ser uma sinalização clara de que há rompimento político à vista. Pelo que circulava nos bastidores, há poucos dias, o governador teria marcado um encontro em São Paulo com o presidente nacional do PDT, Carlos Lupi, Lígia e Damião, para tentarem fechar um acordo, que possibilitaria sua saída do Governo de forma menos traumática.
Mas, até onde o Blog pode apurar, nem Lígia, nem Damião, foram ao encontro com o governador, o que teria azedado ainda mais a já complicada relação política entre eles.
Veneziano – Já o caso de Veneziano é por demais óbvio. Ricardo Coutinho claramente se utiliza do deputado para tentar inviabilizar a reeleição do senador Cássio Cunha Lima, dividindo os votos a partir de Campina Grande. Não importa se, até bem pouco tempo, o governador considerasse o deputado um político jovem “de mentalidade atrasada”. Agora, é útil para atender ao seu desejo de vingança.
Veneziano deve topar a parada, inclusive sinalizou neste sentido, mas sabe que, sem a presença do governador na chapa, a disputa poderá ficar muito desbalanceada. E seria um risco disputar.