Balanço do rompimento: RC atrai cassistas mas fica frágil na Assembleia
A contabilidade do rompimento do senador Cássio Cunha Lima com o governador Ricardo Coutinho traz algumas surpresas no balanço geral das perdas e ganhos. E, pelo menos até onde a vista alcança, o governador tem, aparentemente, vem obtendo mais sucesso. No entanto, o governador não tem muito o que comemorar.
Vejamos. RC conseguiu uma vitória importante, pelo menos até agora, mantendo o vice Rômulo Gouveia. Provocou uma perda considerável no exército de Cássio. E não apenas com Rômulo, mas alguns cassistas históricos como os secretários Manuel Ludgério e Adriano Galdino (deputados), Luzemar Martins e Efraim Morais.
E há nomes emblemáticos, porque tinham um DNA fortemente Cunha Lima, como Antônio Alcântara e Temi Cabral. E como eles mais outros ex-aliados do senador têm se manifestado, de forma surpreendente, em favor do governador. Essa dissidência entre os cassistas provoca abalos na tropa e dá ânimo ao esquadrão girassol.
Mas, nem tudo são flores para o governador. Com o rompimento, Ricardo perde a maioria dos deputados que seguem orientação de Cássio. É bem provável que, após o Carnaval, e uma vez feito um censo na Assembleia, o governador esteja flagrantemente minoritário. Algo que poderá ser, sem dúvida, uma ameaça à governabilidade e até mesmo o futuro de RC.
Se a maioria se confirmar como muito ampla, Ricardo vai ter que se preocupar com a possibilidade de ter as contas de 2011 (do escândalo da Gastança na Granja) reprovadas pela Assembleia, Algo que poria, imediatamente, no porão dos fichas sujas, Algo que pode ter um efeito devastador no curso da campanha, e ainda comprometer seu projeto futuro.