Bastidores da indicação de Tatiana, Harrison, Ramalho e a Casa Civil
Harrison Targino teria deixado a Secretaria de Administração Penitenciária com o propósito de disputar a lista tríplice para reitor da Universidade Estadual da Paraíba. Pelos comentários, havia um compromisso do governador Ricardo Coutinho para ele ser nomeado, caso figurasse na lista independente da votação.
A operação vazou e chegou a Campina Grande criando mal estar entre os aliados da reitora Marlene Alves simpatizantes do senador Cássio Cunha Lima. Então, ante os riscos de um efeito colateral não recomendável, Harrison foi aconselhado a desistir. E foi acertada sua ida pra Secretaria de Educação.
Tatiana Domiciano fora indicada para o lugar de Rossana Honorato, na Sudema, pelo então secretário Nonato Bandeira, quando ele estava no auge do prestígio junto ao governador. Mas, quando se lançou candidato, ele procurou Tatiana e pediu seu apoio. Ela negou. Disse que estava com Estelizabel Bezerra.
Por isso, é improvável que sua indicação para a Comunicação Social tenha as digitais de Nonato. Pelo que se comentava, entre jornalistas aliados do Governo, a indicação de Tatiana foi do próprio governador, para conter o ímpeto de outros interessados no cargo e porque ela é absolutamente leal e submissa a RC.
Ramalho Leite tinha preparado tudo para deixar a superintendência de A União e disputar a Prefeitura de Borborema, nas eleições de outubro. Pesquisas na cidade indicavam boas perspectivas. Seria a chance de manter um mandato na família, já que sua esposa, Marta, deixa a Prefeitura de Bananeiras este ano.
Mas, foi informado que o governador tem outros planos eleitorais para Borborema. Alertado, Ramalho recuou de sua postulação e, ele mesmo, anunciou sua desistência em disputar a Prefeitura no twitter. Como já havia entregue o cargo em A União, foi premiado com a transferência pra FAC velha de guerra.
Finalmente a cereja do bolo. A Casa Civil chegou a ser oferecida ao presidente da Assembleia, Ricardo Marcelo, que poderia indicar o irmão Tarcísio Marcelo. A operação teria, inclusive, o aval do presidente do TCE, Fernando Catão. Seria uma forma do Governo RC fazer as pazes com o TCE e a Assembleia.
Mas, até onde o Blog pode apurar, nem Ricardo Marcelo, nem Catão, demonstraram muito interesse na indicação da Casa Civil. O deputado Lindolfo Pires, como se sabe, tem balançado no cargo, por causa dos últimos reveses que RC tem enfrentado na Assembleia. Por tabela também o líder Hervázio Bezerra.