BENS BLOQUEADOS DE RICARDO COUTINHO Ex-secretário que denunciou compra suspeita de sítio, e foi atacado, desabafa: “Piso firme no chão sem tornozeleiras”
O ex-secretário Francisco Barreto, que divulgou, em 2014, uma carta, denunciando a compra suspeita de uma propriedade de 70 hectares na região de Bananeiras (no sítio Angicos), por Coriolano Coutinho, mas que, na verdade, teria Ricardo Coutinho como verdadeiro proprietário, desabafou após recente decisão judicial: “Hoje, e sempre terei a paz de espírito, pisando firme no chão sem tornozeleiras. Apenas, dói-me a Paraíba.”
E ainda: “Agradeço com emoção as extremadas manifestações de delicadeza recebidas (nos últimos dias). Hoje tenho um expressivo reconhecimento público. Caminho com os pés firmes sem tornozeleira.Lamento apenas que a população de João Pessoa foi cúmplice deste marginal… Fui considerado recalcado, mentiroso, odiento, caluniador quando dizia que Ricardo Coutinho era ladrão.”
Ocultação de propriedade – As investigações do Gaeco identificaram que Ricardo Coutinho teria tentado ocultar bens, logo após a decretação da Operação Calvário, em 14 de dezembro 2018. Segundo a denúncia, em 5 de janeiro de 2019, ou seja, menos de 20 dias depois, o ex-governador passou um de seus imóveis, um apartamento em Cabo Branco, para seu filho Ricardo Cerqueira Leite Vieira Coutinho (Rico Coutinho).Segundo as investigações, o sítio Angicos, que não consta na relação de seus bens, seria na verdade de sua propriedade. Conforme dados levantados pela força-tarefa, além das contas de energia (boleto da Energisa) da fazenda estar em seu nome, foi possível encontrar documentos, indicando a entrega de mercadorias em seu nome, no mesmo sítio, comprovando a sua propriedade no imóvel.