BOLSONARO CORTA LÁ, RC E JOÃO CORTAM AQUI Redução nos repasses do governo leva reitor a fechar gráfica da UEPB
Quem bem traduziu, meu caro Paiakan, foi o nosso poeta Bruno Gaudêncio, ao lamentar o fechamento da gráfica da UEPB provocada pelo corte orçamentário imposto, primeiro pelo ex Ricardo Coutinho, e, agora, pelo governador João Azevedo. Parece a mesma cartilha: Bolsonaro corta lá em Brasília, Ricardo e Azevedo cortam aqui. Eles têm algo em comum, que é o desapreço pela educação.
O fato é que o reitor Rangel Júnior confirmou e a gráfica da UEPB será fechada no mês de junho. Ele afirmou que a estrutura irá migrar para uma plataforma eletrônica, e a Instituição deixará de produzir papel timbrado e livros impressos: “Ano passado editamos 46 livros impressos, esse ano serão 23, é um corte de 50% e isso porque a UEPB não tem dinheiro.”
Segundo Rangel, “parte do pessoal vai para o setor de privatização e outra será demitida e na terceirização vai para despesa de custeio, isso para ajudar o governo do Estado a cumprir a Lei de Responsabilidade Fiscal e desonerar a folha”. E ainda: “Se não tem os recursos do custeio, que é igual ao do ano passado, como é que vou aumentar em R$ 4 milhões?”
O reitor ainda disse que outros cortes poderão acontecer e que será feito um leilão de pelo menos 12 veículos que já não convêm fazer manutenção. Não custa lembrar que o atual orçamento da UEPB foi elaborado pelo ex Ricardo Coutinho.
Bruno – O poeta publicou no Facebook: “E lá se vai o legado da ex-reitoria Marlene Alves e do editor Cidoval Morais de Sousa. Lembro bem como em poucos anos a UEPB construiu um invejável projeto editorial, arrojado, dinâmico e popular, não apenas no campo científico, mas também literário. Que esses tempos difíceis passem logo. Fica aqui a indignação com o atual governo do Estado que não dialoga com a instituição, em busca de revolver seus problemas de ordem financeira.”