Brasil é o sexto país mais perigoso para jornalistas. Na Paraíba…
Não é fácil ser jornalista no Brasil. O país compõe o famigerado grupo dos dez no ranking mundial entre os mais perigosos do mundo para exercer a profissão. Segundo um estudo da Press Emblem Campaign (PEC), em cinco anos, o Brasil registrou o sexto maior número de assassinatos entre os profissionais da Imprensa no mundo.
A PEC indica que, ao longo de 2014, nada menos do que 128 jornalistas assassinados no mundo, uma marca muito próxima do recorde de 2013, quando 129 profissionais foram mortos. “Gaza lidera a lista, com 16 mortes durante as operações de Israel. Na Síria (2º), foram outros 13 jornalistas mortos, contra 12 no Paquistão (3º)”, diz o Estadão.
O Iraque (4º) vem em seguida, com dez mortos, num ano marcado por operações contra as milícias islâmicas. Fora do Oriente, o país mais violento é a Ucrânia, com nove mortos. Depois de México, Afeganistão, Honduras e Somália, o Brasil aparece na lista com quatro mortos em 2014, ao lado da República Centro Africana.
Em 2014, foram assassinados no Brasil os profissionais Santiago Andrade (TV Bandeirantes), Pedro Palma, José Lacerda da Silva (TV Cabo Mossoró), e Geolino Xavier (TV N3 – Bahia). Desde 2009, porém, o Brasil acumulou 31 mortos entre os jornalistas, o que coloca o país como o sexto mais violento.
No Estado – Na Paraíba, a violência contra jornalistas se dá, como sabemos, primeiro com uma tentativa de cooptação, depois com algum tipo de intimidação, finalmente com a pressão junto as empresas de comunicação para demissões. Nos últimos quatro anos, somam perto de 50 jornalistas demitidos no Estado, por conta de suas posições críticas, especialmente em relação ao poder.