CRIME DE BRUNO ERNESTO Advogados questionam na Justiça suspeição de juíza que arquivou denúncia contra Ricardo Coutinho
Os pais de Bruno Ernesto (Inês Ernesto do Rego e Ricardo Figueiredo) protocolaram, através de seus advogados, requerimento solicitando informações e diligências ao juízo do 2º Tribunal do Júri, em função da recente decisão da juíza Francilucy Rejane Sousa Mota. A juíza, como se sabe, mandou arquivar denúncia contra o ex Ricardo Coutinho, no inquérito relativo ao assassinato de Bruno Ernesto.
No requerimento, os advogados questionam se existe processo que por ventura tenha tramitado no Tribunal de Justiça quanto ao pedido de Exceção de Suspeição e Impedimento contra a magistrado, no âmbito do processo que trata do inquérito (nº 0002760-72.2019.815.2002), uma vez que nem os genitores nem os patronos, “foram intimados sobre a referida exceção”.
A juíza, como se sabe, foi alvo de uma ação de suspeição, pelas ligações familiares com o ex-governador Ricardo Coutinho. Também questionam “se foi observância da nova redação dada pela Lei nº 13.964, de 24.12.2019, no que diz ao artigo 28 do Código de Processo Penal que determina que o inquérito policial antes de arquivado seja enviado para instância de revisão ministerial”.
Indagam também os advogados: “Uma vez protocolado em 03.06.2019 contra a Magistrada Bel ª Francilucy Rejane Sousa Mota a petição de Exceção de Suspeição e Impedimento acerca de seu possível interesse no feito em favor do investigado Ricardo Vieira Coutinho e em desfavor da vítima, por que a Magistrada não se averbou suspeita?”
E ainda: “Por que a Magistrada Bel ª Francilucy Rejane Sousa Mota não seguiu o que determina o artigo 100 do Código de Processo Penal e simplesmente resolveu despachar determinando o arquivamento dos autos após 1 ano e 04 meses, próximo ao pleito eleitoral, como já esperado, em benefício do investigado, assim como fez o Promotor de Justiça Bel Marcus Leite que em tempo recorde sepultou 04 anos de investigação da Polícia Federal?
A juíza, até a noite desta quarta (dia 26), ainda não havia respondido aos questionamentos dos advogados dos pais de Bruno Ernesto.