CADÊ O DINHEIRO? Galdino apresenta extratos confirmando ter deixado R$ 17 milhões em caixa quando Gervásio assumiu
Pode-se dizer, meu caro Paiakan, que o deputado Adriano Galdino matou a cobra e mostrou o pau. Documentos liberados pelo presidente da Assembleia mostram que, ao transferir o comando da Casa, há dois anos (fevereiro de 2017), para o deputado Gervásio Maia, havia, sim, R$ 17 milhões em caixa. Era dinheiro reservado para a construção de uma nova sede.
Mas, o que aconteceu com essa montanha de dinheiro? Segundo Galdino, a dinheirama foi gasta pelo seu sucessor, Gervásio, numa reforma na Assembleia, mas, “essa obra mal foi entregue e já apresenta problemas”. E lembra: “Sempre defendi a construção de um novo prédio por saber da necessidade de um espaço novo e moderno para atender as demandas da população e todos que aqui trabalham.”
Ou seja, o ex-presidente Gervásio Maia literalmente torrou R$ 17 milhões com uma reforma alvo de críticas dos próprios deputados estaduais e com suspeitas de graves irregularidades. As declarações de Galdino vêm a esteira de alegações de Gervásio, indicando ter feito uma boa gestão dos recursos que encontrou em caixa, sem, contudo. ter admitido quanto.
Para pontuar suas declarações, Galdino distribuiu extratos do Banco do Brasil, mostrando que, em março de 2019, quando passou o comando da Assembleia para Gervásio mais de R$ 17 milhões em caixa. “Dinheiro suficiente para fazer uma novo prédio”, disse Galdino.
Arrematou Galdino, com endereço certo: “Mentiras e conchavos não têm espaço na política atual e espero que a população entenda isso na hora de eleger seu candidato nos próximos pleitos. Minha luta sempre foi e sempre será com uma Paraíba mais forte e mais justa para todos. E eu tenho convicção que só com o trabalho, verdade e transparência que vamos conseguir isso.”
Fuxiqueiro – Adriano ainda reiterou que Gervásio foi o principal responsável pelo rompimento do ex Ricardo Coutinho com o governador João Azevedo: “Quem mais fez e quem mais colocou coisa na cabeça de Ricardo foi o deputado Gervásio Maia. Foi quem mais fez fuxico. Porque ele queria espaço no governo, perdeu espaço na Assembleia, queria ser compensado no governo. João não aceitou e ele ficou jogando o tempo todinho no ouvido de Ricardo contra João.”
CONFIRA ÍNTEGRA DA NOTA DE GERVÁSIO…
Desde que deixei a presidência da Assembleia Legislativa da Paraíba, para exercer, com muita honra, o mandato de deputado federal que me foi confiado pelo povo, tenho sido vítima de uma campanha de difamação gratuita e contínua.
Nos dois anos que passei à frente da Casa de Epitácio Pessoa, busquei honrar meu mandato. Mesmo recebendo a presidência com inúmeras pendências, inclusive telefone cortado, não fui à imprensa um dia sequer atacar a antiga gestão.
Escolhi o trabalho, tinha uma tarefa difícil pela frente pois, pela primeira vez, o governo reduziria o repasse do duodécimo do Poder Legislativo. A crise começava a atingir o país, o Estado tinha obras importantes a serem entregues para a população, entre elas o Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires e o hospital de Oncologia de Patos. Precisávamos reduzir custos, enxugar a máquina administrativa. E assim, o fizemos.
Com muito esforço, dedicação de uma equipe aguerrida e servidores comprometidos, realizamos uma significativa redução nos valores dos contratos com as empresas prestadoras de serviço da Casa. Devolvemos quatro prédios locados e distribuímos toda a parte administrativa da Assembleia em um só endereço, no histórico Parahyba Palace. A entrega do Centro Administrativo da ALPB também teve um significado especial, simbólico, pois, finalmente, o Legislativo não sairia da Praça dos Três Poderes. Um apelo que nos foi feito por vários setores da sociedade, de historiadores a comerciantes. Afinal, a saída representaria um esvaziamento ainda maior do Centro Histórico e uma queda significativa na economia local.
Depois da entrega do Centro Administrativo, continuamos trabalhando, compramos um imóvel na Praça dos Três Poderes, que hoje abriga alguns setores da Casa, inclusive um edifício garagem para atender a outra necessidade que existia. Criamos um ambiente de descanso para os motoristas, sobretudo os que se deslocam do interior para capital, que antes disso ficavam em ambientes insalubres. Em respeito aos servidores, construímos o Centro Médico deputado Rômulo Gouveia, que passou a funcionar ao lado da Assembleia, totalmente equipado, estruturado, com novas especialidades médicas e instalações.
Reestruturamos a TV Assembleia, antes sucateada com ilha de edição funcionando em banheiro desativado e estúdio improvisado. Criamos um espaço físico apropriado, com ilhas de edição, camarim, sala de entrevista, sistema de câmeras robóticas com acionamento remoto, um novo estúdio com acústica adequada e equipamentos próprios. Com essas ações obtivemos uma grande redução no custo de aluguéis, serviços terceirizados e custos operacionais. Expandimos o sinal aberto da TV, inauguramos o sinal digital na cidade de Patos. Criamos e executamos um projeto pioneiro para interiorização dos conteúdos da TV Legislativa. Graças a este projeto idealizado na nossa gestão, a população vai poder acompanhar diariamente as atividades da Casa do Povo em todas as regiões do Estado. Já na próxima semana, a cidade de Campina Grande passará a contar com os canais das TV’s Assembleia, Senado e Câmara.
As obras do prédio-sede da Assembleia Legislativa foram iniciadas em dezembro de 2017. Com recursos próprios, inauguramos as novas instalações, que pela primeira vez, contaram com um projeto de acessibilidade para pessoa com deficiência e sinalização em braile. Construímos ainda um novo comitê de imprensa, plenário, taquigrafia, cerimonial, sala de comissões, reuniões, auditório e mini-plenário. Adquirimos novos elevadores. A Casa, que antes possuía ambientes insalubres, esgoto estourando dentro dos espaços de trabalho e uma ala chamada “Afeganistão”, foi adequada, pela primeira vez, as normas de segurança estabelecidas pelo corpo de bombeiros. Entregamos uma nova Assembleia para que ela permanecesse na Praça dos Três Poderes. Todos os projetos foram acompanhados previamente pelo Tribunal de Contas do Estado, Superintendência de Obras do Plano de Desenvolvimento da Paraíba e Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico.
Em dois anos de gestão à frente da presidência, mesmo com uma redução significativa no duodécimo, reduzimos mais de 11 milhões de despesas, realizamos várias obras, enxugamos a máquina pública, investimos na infraestrutura física, compramos computadores, uma moto e uma sprinter para atender os setores administrativos e legislativo, diminuímos os valores dos contratos com as empresas prestadoras de serviço. Dentro do que foi possível, executando um orçamento inferior ao ano anterior, atendemos as reivindicações dos servidores por meio do SINPOL e ASCAL. Tudo com o zelo e respeito ao dinheiro público.
Antes das reformas, resolvíamos os problemas de infraestrutura, que foram muitos e diariamente apareciam, com a equipe, com a manutenção, nunca desrespeitando ninguém, muito menos os aliados.
Lamentamos que neste momento de grave crise hídrica que vive o Estado, com situação de emergência em 177 municípios por conta da estiagem, com um Governo Federal que paralisa a Transposição do São Francisco, com uma reforma da Previdência injusta e desigual, com cortes nas universidades, os debates políticos da Paraíba se limitem a uma discussão vazia, que pouco interessa aos mais de quatro milhões de habitantes, que esperam soluções concretas, sobretudo, em tempos tão difíceis.
Discutamos a construção de um hospital de trauma para o Sertão, a criação de um campus universitário, a retomada do bombeamento das águas do rio São Francisco, a liberação dos repasses do Governo Federal para o Governo da Paraíba, assuntos realmente relevantes e que interessem a população.
Mais uma vez apresentamos ao povo paraibano nosso contraponto à indústria da mentira, não sabemos por quem financiada e com quais propósitos. Continuaremos nossa caminhada na luta pela redução das desigualdades, trabalhando pelo Brasil, pelo Nordeste e pela Paraíba. “A verdade não se impacienta porque é eterna”