CALVÁRIO CHEGA AO PARÁ (vídeo) Investigações da PF que enquadraram Hélder Barbalho pelo STJ iniciaram na Paraíba com delação de Daniel
Algumas coincidências relacionam a Operação Para Bellum da Polícia Federal deflagrada para apurar possível fraude na compra de respiradores pulmonares pelo governo do Pará. Primeiro, o fato de a compra dos aparelhos se deu com dispensa de licitação, como, aliás, ocorreu na Paraíba, na compra dos respiradores que sequer foram entregues.
Segundo, o ministro Francisco Falcão (Superior Tribunal de Justiça), que determinou os mandados de busca e apreensão em residência do governador Jáder Barbalho, é o relator da Operação Calvário, que envolve autoridades com foro privilegiado da Paraíba. Há quem suspeite que até mesmo o governador João Azevedo poderia estar sendo investigado, por sua parceria com o ex Ricardo Coutinho.
Por fim, a informação trazida pela Globo News, indicando que as investigações que levaram ao governador Hélder Barbalho, na verdade, foram iniciadas na Paraíba, antes mesmo da pandemia, no âmbito da Calvário, pelo Gaeco, a partir de uma delação premiada. Ou seja, há muito mais coisa em comum do que se supõe neste momento. Não será, portanto, de se espantar, caso a roda venha a girar em direção à Paraíba.
Ainda mais que as investigações estão sendo tocadas com a batuta de Francisco Falcão que, aliás, tem muito conhecimento sobre o que ocorre na Paraíba, dadas as suas ligações familiares e de amizade com o Estado. Diz o repórter da GloboNews (vídeo abaixo): “Segundo o Superior Tribunal de Justiça, essas investigações (Para Bellum) teriam começado a partir de uma delação premiada na Paraíba, supostamente de Daniel Gomes da Silva.” Daniel fez delação e declarou que o ex Ricardo Coutinho era o cabeça da organização criminosa desbaratada pelo Gaeco.
Os mandados de busca e apreensão são contra o governador Helder Barbalho e outras 14 pessoas, entre servidores públicos estaduais e sócios da empresa investigada. O governador nega as acusações: “Agi a tempo de evitar danos ao erário público, já que os recursos foram devolvidos aos cofres do estado.”
Para Bellum – De acordo com a Polícia Federal, a compra dos respiradores (no Pará) custou R$ 50,4 milhões, sendo que Barbalho antecipou o pagamento de metade da operação às empresa fornecedora. Segundo o Ministério Público Federal, o governador recebeu pessoalmente o produto no aeroporto de Belém.
Após encaminhar e instalar os ventiladores pulmonares em hospitais do estado, o governador teria verificado a ineficácia dos equipamentos no combate à covid-19 e foi obrigado a emitir nota oficial confirmando a situação. Os indícios levantados pela Procuradoria-Geral da República apontam que o governador tem relação próxima com o empresário responsável pela concretização do negócio.
Azevedo – Em João Pessoa, ao ser indagado sobre a operação do Pará, o governador João Azevedo comentou: “Se houve qualquer irregularidade tem que ser apurado, o que esperamos é que seja feito dentro do rigor da lei sem conotação política. Se houve desvio de quem quer que seja o agente político, que seja punido, entretanto, não se pode fazer espetacularização nesse momento de pandemia.”
Lembrando que Azevedo chegou a anunciar a compra dos respiradores, através do Consórcio Nordeste, e também antecipou o pagamento dos aparelhos, mais de R$ 4,9 milhões. Os aparelhos, no entanto, nunca chegaram.
CONFIRA VÍDEO EM QUE SE FAZ A RELAÇÃO COM A PARAÍBA…