CALVÁRIO DA SAÚDE Quantas vidas não teriam sido salvas se o governo RC tivesse respeitado a advertência de procurador?
Em meio a todo o escândalo da Cruz Vermelha gaúcha e outras organizações sociais, flagradas num esquema criminoso desbaratado pela Operação Calvário, uma pergunta se impõe: quantas vidas poderiam ter sido salvas, caso o procurador Eduardo Varandas (Trabalho) tivesse sido respeitado e ouvido em suas advertências contra a terceirização da Saúde?
Varandas, como se sabe, foi o primeiro a denunciar os riscos da terceirização, ainda em 2011. Chegou, inclusive, a acionar juridicamente o governo Ricardo Coutinho, advertindo que a Saúde é uma atividade que não deveria ser privatizada. Mesmo assim, e apesar de suas interpelações judiciais, o então governador fez ouvidos de mercador e deu no que deu.
Somente de propina, o Gaeco estima que atinge a cifra milionária de R$ 200 milhões. Dinheiro que foi surrupiado de pessoas que precisavam de cirurgias, de medicamentos, de assistência hospital enfim, e que, como desvio do dinheiro, certamente, muitas delas morreram a espera de um socorro que não veio. O dinheiro migrou direto para o bolso dos larápios.
E não foi por falta de aviso.