CALVÁRIO DE COUTINHO Desembargador alerta Gilmar Mendes sobre risco de soltar Coriolano: “Pode ameaçar testemunhas e ocultar provas”
Se o portal do Supremo Tribunal Federal não trouxe a informação, a mídia nacional conseguiu obter detalhes das informações que o desembargador Ricardo Vital forneceu ao ministro Gilmar Mendes, dentro do processo que trata do habeas corpus impetrado por advogados de Coriolano Coutinho. E as informações certamente são de tirar o sono do irmão-mor.
Segundo o site O Antagonista, que trouxe detalhes, Ricardo Vital “enviou a Gilmar Mendes um alerta sobre o risco de soltar o irmão do ex-governador Ricardo Coutinho, apontado como chefe do esquema que desviou R$ 134 milhões do Estado”.
Diz também: “Em ofício encaminhado ao habeas corpus de “Cori” no STF, o magistrado diz que, além de responsável pela coleta de propinas, ele também tem poder de intimidar testemunhas com dossiês ou mesmo atos de violência, “pelo domínio que exerce sobre as forças policiais”.
E arrematou: “Existe risco concreto de o investigado interferir nas investigações, mediante contato ou ameaças a pessoas, testemunhas e investigados, inclusive ocultando ou fazendo ocultar elementos de prova importantes à elucidação dos fatos investigados na Operação Calvário”. Mais em http://bit.ly/3bwalxv
Pra entender – Em dezembro, logo após ser preso, advogados de Coriolano, preso em 17 de dezembro, impetraram, junto ao Supremo, habeas corpus pedindo o relaxamento de sua prisão. Com o pedido foi feito no recesso do Judiciário, o processo foi para despacho do presidente Dias Tóffoli.
Mas, Tóffoli decidiu encaminhou o HC para o ministro Gilmar Mendes, que foi escolhido relator dos feitos relativos à Operação Calvário. Gilmar, então, despachou nos autos encaminhando o HC para vistas à Procuradoria Geral da República. Na sequência, o ministro também solicitou informações, tanto ao Superior Tribunal de Justiça, quando ao Tribunal de Justiça da Paraíba. Foi a este pedido que o desembargador Ricardo Vital respondeu.
O detalhe é que a PGR, em solicitação semelhante da ministra Maria Thereza de Assis Moura, do Superior Tribunal de Justiça, já havia opinado, não apenas pela manutenção das prisões, como ainda pela revogação da soltura de Ricardo Coutinho, Cláudia Veras e Francisco das Chagas Ferreira. Mais em http://bit.ly/2F2zuBa