CALVÁRIO DE EX Gilberto é apontado como parceiro de Daniel Gomes, o cabeça do esquema criminoso da Cruz Vermelha
O recente despacho do desembargador Ricardo Vital, no âmbito da Operação Calvário 4, que resultou na prisão da ex-assessora Maria Laura Caldas de Almeida Carneiro, e mais 18 mandados de buscas e apreensão, aponta a mira diretamente para o ex-procurador-geral do Estado, Gilberto Carneiro. Pode até não ser o próximo alvo, mas tudo leva a crer.
Gilberto é apontado, não apenas como superior hierárquico de Maria Laura, o que era efetivamente, inclusive é visto como aquele que dá diretamente os comandos para que a ex-assessora agisse. Gilberto também é entendido como quem fazia a interface com Daniel Gomes da Silva, considerado o cabeça da organização criminosa no Rio de Janeiro, além de Michele Louzada Cardozo, secretária particular do chefe.
Vários trechos do despacho do desembargador Ricardo Vital de Almeida pontuam a participação de Gilberto Carneiro como integrante do esquema. (Confira alguns trechos do despacho abaixo…)
Inferno Astral – O ex-procurador-geral do Estado não passa, definitivamente, por um bom momento. Além de estar com seu registro da OAB questionado (que pode vedar sua permanência no cargo), ser réu em ação penal por falsificação de documentos (caso Desk) e ainda envolvido nos áudios vazados suspeitos com o secretário Waldson de Sousa (Planejamento), acaba de sofrer novo revés no caso Jampa…
Em decisão unânime, o Tribunal de Contas do Estado rejeitou, no último dia 17, o recurso de Gilberto da decisão que havia condenado o procurador a devolver R$ 355 mil aos cofres públicos, no escândalo do Jampa Digital, por irregularidades na licitação de equipamentos para o programa de Internet, quando era secretária da prefeitura de João Pessoa, na gestão Ricardo Coutinho.
A Corte seguiu o Ministério Público de Contas, em seu parecer, emitido há poucos dias, negando recurso em que Gilberto é acusado, ainda como secretário de Administração de João Pessoa. O parecer do MPC, assinado pelo procurador-Geral Luciano Andrade Farias, não apenas concluiu pela ocorrência da fraude e superfaturamento na licitação, como considerou Gilberto como responsável pelo ilícito.