CALVÁRIO DO CHEFÃO Livânia decide falar, Solon deixa sua defesa e Sheyner também sinaliza sair “se ela fizer delação”
Cada vez mais fortes os rumores de que a Livânia Farias, presa desde o mês passado no âmbito da Operação Calvário, teria iniciado o processo de delação premiada com o Gaeco (Ministério Público). Na tarde desta segunda (dia 22), uma informação reforçou essa impressão, com a sinalização de que o advogado Solon Benevides resolveu deixar a defesa da ex-secretária.
Já no início da tarde, durante uma audiência no Fórum Criminal, o advogado Sheyner Asfóra chegou a admitir, em particular, que, se Livânia decidisse fechar delação, ele também deixaria a sua defesa. Até onde o Blog pode apurar, não apenas Livânia, mas outros personagens envolvidos no escândalo da Cruz Vermelha gaúcha também negociaram delação com o Gaeco.
Os detalhes da delação ainda são mantidos em mistério pelo Gaeco. Mas, até onde o Blog pode apurar, a delação de outros envolvidos no escândalo, a partir do Rio de Janeiro, como o empresário Daniel Gomes da Silva, sua secretária Michele Louzada Cardozo e o advogado Saulo Pereira Fernandes, que chegou a ser sócio de Francisco das Chagas Ferreira, advogado de Ricardo Coutinho, teria acelerado a decisão dos demais citados no esquema criminoso.
Propina – Saulo foi um dos alvos da 3ª fase da Operação Calvário, com mandados de busca e apreensão em sua casa, em Niterói (RJ). Mas, o detalhe, segundo o ex-assessor Leandro Nunes Azevedo é que ele foi um dos primeiros operadores da propina da Cruz Vermelha gaúcha. E que chegou a utilizar o escritório de Francisco das Chagas Ferreira para a transação de dinheiro. Chagas nega.