CALVÁRIO EM FAMÍLIA Parentes de Ricardo Coutinho teriam usado até cozinheira como “laranja” para faturar com empresas
Investigações ocorridas no âmbito da Operação Calvário avançaram, nos últimos dias, quando ao uso de “laranjas” pelos chefões da organização criminosa desbaratada pelo Gaeco. Uma dessas “vítimas” seria Sonaly Dias Barros, que aparece como sócia de pelo menos três empresas. No entanto, conforme as investigações, Sonaly seria uma cozinheira, com endereço no bairro do Pedregal, em Campina Grande.
Conforme o Ministério Público e a Polícia Federal, a Orcrim usou “laranjas” nas empresas suspeitas de terem relação com familiares do ex Ricardo Coutinho, considerado o cabeça da organização criminosa. Foram citados nas investigações Coriolano Coutinho (irmão), Raquel Vieira Coutinho (irmã), Sandra Coutinho (irmã), Paulo César Dias Coelho, então esposo de Valéria Vieira Coutinho (irmã).
As informações já constavam, inclusive, na decisão do desembargador Ricardo Vital (16 de dezembro de 2019), que determinou as prisões de 17 pessoas investigadas na Operação Juízo Final.
Sonaly seria proprietária das empresa L & M Lojão do Escritório, desde 2012 e, de acordo com o MP, já figurou como sócia da Alpha & Beta Construções e também da Soluções AP, esta uma empresa citada pela Revista Época (abaixo) por supostas irregularidades no fornecimento de livros para a prefeitura de João Pessoa entre os anos de 2007 e 2010 (gestão Ricardo Coutinho). Mais de R$ 1,7 milhão foram pagos na aquisição de livros, de acordo com o MP.