CALVÁRIO NA QUARENTENA Gaeco denuncia Ricardo Coutinho, Coriolano, Amanda e mais cinco por esquema de fraudes na Lifesa
Informações que vazaram para a Imprensa, nesta sexta (dia 22), indicam que Ricardo Coutinho foi, novamente, denunciado pelo Ministério Público da Paraíba (Gaeco) junto ao Tribunal de Justiça. Além do ex-governador, considerado o chefe da organização criminosa desbaratada pela Operação Calvário, outros integrantes do esquema também foram denunciados.
Dentre os denunciados constam Coriolano (irmão de Ricardo) Coutinho, Amanda Rodrigues (esposa), o ex-procurador Gilberto Carneiro, o lobista Daniel Gomes da Silva, o ex-secretário Waldson de Sousa, além de Maurício Rocha Neves e Aluísio Freitas. A nova denúncia diz respeito, conforme notícia veiculada no programa Correio Debate desta sexta-feira, a fraudes praticadas na empresa Lifesa.
Segundo a denúncia, também veiculada pelo site paraibaradioblog.com, “houve uma planejamento orquestrado para captura do poder público estadual, num primeiro momento, por um grupo criminoso forte e articulado, na medida em que as ações desenvolvidas por seus integrantes foram orquestradas para, uma vez dentro da estrutura política e administrativa do Estado, valer-se de todo tipo de vantagens indevidas (econômicas e/ou pessoais) em detrimento da máquina administrativa e da população”.
Mecanismo – A organização criminosa teria criado mecanismos e condutas para render aos seus componentes a apropriação de verbas públicas, praticando fraudes das mais diversos matizes, sobretudo por meio da utilização de organizações sociais e a adoção massiva de métodos fraudulentos de contratação de fornecedores, seja por inexigibilidade de licitação, seja por processos licitatórios viciados.
Houve também a aquisição superfaturada de produtos e serviços e da lavagem de dinheiro; tudo inserido no seio de um silêncio obsequioso dos órgãos de persecução e controle estaduais. Os episódios criminosos em específico estão sendo postos em investigações e denúncias autônomas, como a presente que versa sobre a utilização perniciosa do Lifesa.
As investigações do Gaeco demontram que a organização criminosa, liderada por Ricardo Coutinho, se apropriou de empresa pública – inoperante e inviável economicamente – para, através de aporte substancial de dinheiro dos cofres do Estado da Paraíba, lavagem de capitais e superfaturamento de fornecimento de bens e serviços, camuflar o real intuito de se apropriar de dinheiro público.
Ainda de acordo com as investigações, isso efetivamente ocorreu através da aquisição de toda a participação privada do Lifesa pela organização criminosa (através de empresa interposta e dominada pela quadrilha), ao mesmo tempo em que a gestão da empresa pública viabilizou uma enorme estruturação material (nova sede e indústria, novos e caros maquinários e insumos etc), possibilitando que, através de procedimentos fraudulentos de dispensa de licitação, a Oorxrimfirmasse contratos com a administração de entidades públicas prestadoras de serviços de saúde.
A orcrim teria utilizado a Troy como empresa interposta para entrar no Lifesa, possuindo naquela como sócio oculto o próprio Ricardo Coutinho. Mesmo oculto, a participação do ex-governador era constante e enérgica como efetivo comandante. Ricardo Coutinho também seria dono a empresa Troy, determinando seus passos por meio de Daniel Gomes.
ORGANOGRAMA DA ORGANIZAÇÃO CRIMINOSA…