CALVÁRIO NO IPEP Propina de R$ 200 milhões na Cruz Vermelha apurada pelo Gaeco daria para pagar servidores durante todo governo RC
A revelação é espantosa, mas o fato é que a propina desviada apenas no escândalo da Cruz Vermelha gaúcha, de R$ 200 milhões, daria para pagar a folha integral dos salários do pessoal do antigo Ipep por quase oito anos da gestão Ricardo Coutinho. A conta é simples: segundo os advogados da categoria, o custo do pagamento dos servidores importaria em R$ 2,5 milhões ao mês. Ou, R$ 30 milhões ao ano.
Basta então dividir os R$ 200 milhões por R$ 30 milhões/ano. Os números batem com recente decisão do juiz Gutemberg Cardoso (3ª Vara da Fazenda), referendada pelo desembargador José Ricardo Porto, de bloquear R$ 5 milhões paga o pagamento imediato de duas folhas. Ou seja, R$ 2,5 milhões/mês. Pelo visto, para o governo anterior foi mais negócio a propina de R$ 200 milhões do que o pagamento dos salários integrais dos funcionários.
O valor da propina de R$ 200 milhões no esquema criminoso infiltrado na Cruz Vermelha gaúcha e Ipcep, e desbaratado pela Operação Calvário, foi revelado pelo Gaeco, em outubro último.