CALVÁRIO NO PM – TCE dá prazo para comandante comprovar gastos com gêneros alimentícios, uniformes, coturnos e boinas
Começou a surtir efeito um dossiê, elaborado por oficiais da Policia Militar, que circula dentro dos quartéis e que chegou a conhecimento da mídia, indicando compras de gêneros alimentícios, uniformes, coturnos e até boinas em número considerado excessivo, nos últimos anos: o Tribunal de Contas do Estado acaba de intimar o coronel Euller, comandante da PM, para apresentar comprovação dos gastos.
O TCE deu prazo até de 5 de dezembro (quinta-feira) para o comandante apresentar “a comprovação das despesas através das notas fiscais dos fornecedores, comprovação de recebimento e distribuição dos bens, notas de pagamento e recibos, quando houver, concernentes às seguintes notas de empenhos”. No documento, segue o número de várias notas de empenho no despacho.
200 toneladas – O dossiê traz a compra de 200 toneladas de gêneros alimentícios pela Polícia Militar, nos últimos anos, compreendendo, por exemplo, 7,1 toneladas de sal, 30,5 de açúcar, 23 de feijão, 42 de arroz e 2,5 toneladas de tabletes de caldo de carne e frango. Com o detalhe que, desde o primeiro governo Ricardo Coutinho, não mais rancho (serviço de refeições) nos quartéis (mais em http://bit.ly/2CO1CXH).
Uniformes – Entre 2011 e 2018, o Comando da PM gastou nada menos que R$ 8.629.824,80 na compra de uniformes para a tropa, que deu um total de 92.529 peças, para um efetivo de menos de nove mil policiais. O que dá mais de nove peças por PM. Os dados foram levantados junto ao sistema Sagres (Tribunal de Contas do Estado). (Mais em http://bit.ly/2osGNNP).
Coturnos – Um outro levantamento já havia revelado que, no mesmo período, o governo do Estado (gestão Ricardo Coutinho) gastou nada menos do R$ 4,6 milhões apenas na compra de coturnos. Dá uma média de R$ 600 mil por ano apenas com esse item. Com um detalhe: um coturno que, em 2011, era comprado por R$ 95,70, agora em 2019, passou a ser adquirido por… R$ 175, ou seja 96% a mais no preço. (mais em http://bit.ly/2m2dJLe).
Boinas – Outro dossiê que circulou dentro dos quartéis apontou como foram gastos quase um R$ 1 milhão na compra de… boinas. O detalhe é que, se uma boina era adquirida por R$ 28,30, em 2011, no ano passado (2018), já estava em R$ 60,80. Uma variação de 128% a mais. Ou pelo menos duas vezes e meia o valor. (mais em http://bit.ly/2msm7E5).
No total, foram gastos R$ 14.213.459,15, entre coturnos, boinas e uniformes.