CALVÁRIO NO RASTRO Propinas variavam de 5% a 45% dos pagamentos e Coriolano usava Pietro como testa de ferro em operações
Durante as investigações no âmbito da Operação Calvário – A Origem, o Gaeco apurou, de acordo com as provas, que as propinas proporcionadas pelas empresas contratadas pelo governo, através da secretaria de Educação, eram captadas sempre após a realização dos pagamentos pelo Estado.
Um detalhe chama a atenção: os percentuais para pagamento de propinas que variavam entre 5% e 30%, a depender do produto ou material adquirido. Geralmente, a aquisição de livros rendia propina de 30% e os demais materiais, como laboratório, kits escolares, entre outros, poderiam atingir 20%…
Mas, poderia chegar a 45%, como foi um dos casos investigados, em que Coriolano Coutinho teria utilizado o empresário Pietro Harley como testa de ferro.
Num trecho de seu depoimento junto ao Gaeco, o empresário Wladimir Neiva confirma o pagamento de uma propina sobre um pagamento de R$ 4,5 milhões. De acordo com as informações suplementares do ex-assessor Leandro Nunes Azevedo, o pagamento das propinas, em algumas operações, era parcelada, para não levantar suspeitas de montantes elevados sendo negociados.
TRANSFERÊNCIAS EM VALORES DE R$ 50 MIL…